Morei no Maranhão nos anos de 2001 a 2002 e pude presenciar de fato a sufocante predominância da oligarquia Sarney no mais miserável estado da nação, ostentador de um IDH comparável a Serra Leoa e Burundi, na África.
"Isto não é uma família, é um flagelo", comentou uma jornalista(a qual não me recordo o nome), numa análise dos indicadores sócio-econômicos do estado nos 40 anos de domínio da família , no período em que despontava a candidatura de Roseana Sarney para a Presidência da República, antes de descobrirem o escândalo dos milhões de dólares na empresa Lunus, de propriedade do marido de Roseana(ilustração ao lado).
De fato, havia uma clara certeza entre os opositores dos Sarneys de que boa parcela da culpa do péssimo desempenho social do Maranhão nesses últimos 40 anos deveu-se a uma política personalista detentora de praticamente todos os grandes meios de comunicação do Estado e a um coronelismo arraigado nas constantes práticas de favores desses para com a população mais pobre.
Atualmente, verifica-se que a população acordou(cumpre salientar também o vigente caso para o carlismo baiano) para anos de arbitrariedade e favoritismo. O três vezes prefeito de São Luís, Jackson Lago, do PDT, adversário dos Sarneys desde os anos 60, fundiu uma coalizão forte para o segundo turno com o propósito de desbancar de vez a eleição de Roseana Sarney. A vitória de Roseana era dada como certa já para o primeiro turno, mas o forte clima de oba-oba e o não-comparecimento da candidata ao debate no primeiro turno serviram para a imposição de um segundo turno. Caíram por terra, como se verificou no resultado das eleições de ontem, as ilusões sarneyzistas de mais 4 anos de governo.
Jackson Lago afirmou na noite da apuração da eleição ontem que se tratava "do fim de uma noite que já durava 40 anos". Palavras mais do que acertadas. Será o fim de um ocaso de um estado tão rico em natureza econômica e social tão mal aproveitadas diante do quadriênio dos Sarneys?
Esperamos que sim, não me curvo a dizer. É um novo rumo para os quadros nacionais(vide derrubada crescente das oligarquias) e a esperança de uma nova era para o desenvolvimento maranhense, o que não deixa de ser bom também para o Brasil, que vem trilhando pelo mesmo rumo.
De fato, havia uma clara certeza entre os opositores dos Sarneys de que boa parcela da culpa do péssimo desempenho social do Maranhão nesses últimos 40 anos deveu-se a uma política personalista detentora de praticamente todos os grandes meios de comunicação do Estado e a um coronelismo arraigado nas constantes práticas de favores desses para com a população mais pobre.
Atualmente, verifica-se que a população acordou(cumpre salientar também o vigente caso para o carlismo baiano) para anos de arbitrariedade e favoritismo. O três vezes prefeito de São Luís, Jackson Lago, do PDT, adversário dos Sarneys desde os anos 60, fundiu uma coalizão forte para o segundo turno com o propósito de desbancar de vez a eleição de Roseana Sarney. A vitória de Roseana era dada como certa já para o primeiro turno, mas o forte clima de oba-oba e o não-comparecimento da candidata ao debate no primeiro turno serviram para a imposição de um segundo turno. Caíram por terra, como se verificou no resultado das eleições de ontem, as ilusões sarneyzistas de mais 4 anos de governo.
Jackson Lago afirmou na noite da apuração da eleição ontem que se tratava "do fim de uma noite que já durava 40 anos". Palavras mais do que acertadas. Será o fim de um ocaso de um estado tão rico em natureza econômica e social tão mal aproveitadas diante do quadriênio dos Sarneys?
Esperamos que sim, não me curvo a dizer. É um novo rumo para os quadros nacionais(vide derrubada crescente das oligarquias) e a esperança de uma nova era para o desenvolvimento maranhense, o que não deixa de ser bom também para o Brasil, que vem trilhando pelo mesmo rumo.
3 comentários:
Grande Ygor! Não sabia que você tinha morado no Maranhão. Essas eleições foram surpreendentes. A derrota de roseana e a vitória de jaques wagner na bahia vão mudar um pouco a cara da política nordestina. É nosso dever, passadas as eleições, acompanhar e fiscalizar os novos governantes. E que Dona Wilma faça um bom trabalho aqui no RN.
Sem falar que Sarney ( o pai) suou pra se eleger senador pelo Amapá.
O Brasil infelizmente não sabe como é aqui no maranhão. Se a verdade sobre o estado fosse a tona, a opinião pública ia cassar a família inteira, eles são os responsáveis por toda a miséria do estado. Parabéns pelo post.
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