Revi "A Doce Vida" neste fim de semana. O clássico de Fellini traz um dilema dentre tantos presentes no imaginário do ser humano: a opção por uma vida simples, realista e sem maiores surpresas ou por uma vida escapista, leviana e tumultuada.
O personagem Marcello(vivido por um dos maiores atores de seu tempo: Marcello Mastroianni) é um jornalista "paparazzo" na época da Itália pós-guerra 1945, aonde se experimentava uma onda de otimismo e euforia diante de um cenário glamouroso coberto de artistas e figurões.
Marcello procurava se esmiuçar neste mundo devaneístico, rodeado de belas mulheres e fama, despreocupado com a realidade presente: uma realidade simbolizada por sua namorada problemática e amorosa e por um país religioso e moralista, coberto ainda sob a máscara do sagrado em contraposição ao profano.
Analisando este filme(não antecipo aqui as cenas até para quem não viu tiver a oportunidade de vê-lo), pensei mesmo o quanto é complicado optar por um estilo de vida ou outro. Levo o exemplo para a atualidade brasileira( especificamente Natal), sem os pitorescos sonhos de Fellini, obviamente. Numa fase de transição pela qual me encontro, a um passo da maturidade, saíndo da Universidade direto para o inseguro campo profissional, também as questões psicológicas influem.
É preciso compreender, nessa fase de amadurecimento, algumas discussões existenciais que nos fazem pensar a respeito. Dentre essas discussões, a apontada no filme: Seria a hora de procurar, como sentido para a vida, uma vida regrada e conciliadora do tipo funcionalismo público e relacionamento fixo a tiracolo ou uma alternativa mais voltada à liberdade de criação e às fugacidades?
Essa discussão, por ora, pode ser deixada de lado. Muita coisa a se interpretar. Vejam o lirismo de Fellini em " A Doce Vida" e tantos outros clássicos do mestre.
É isso.
Essa discussão, por ora, pode ser deixada de lado. Muita coisa a se interpretar. Vejam o lirismo de Fellini em " A Doce Vida" e tantos outros clássicos do mestre.
É isso.
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