"Male Tempora"(maus tempos, na tradução do italiano), apregoa o místico Santo Colombino na clássica continuação (porém nem muito lembrada) da comédia "O Incrível Exército de Brancaleone", qual seja, "Brancaleone nas Cruzadas"(Itália, 1970).
Os "maus tempos", versados pelo místico(que reside no topo de um pedestal gigante) dizem respeito à época das cruzadas aonde persistiam a incerteza política na Europa e a peste, que se alastrava de maneira descomunal. Há no filme a célebre cena em que, num duelo a respeito de quem teria a legitimidade divina para ser o verdadeiro papa - se o Papa Clemente ou o Papa Gregório, o místico incumbe uma tarefa para o atrapalhado cavaleiro Brancaleone de Norcia: andar de pés descalços sobre brasas ardentes de cerca de um metro de comprimento. Caso cumprisse a complicada tarefa, o papado viria a ficar com o Papa Gregório(demonstrado na ilustração ao lado, carregado por três moribundos) e protegido por Brancaleone.
O interessante do filme é a quantidade de situações tão típicas do medievo transformadas em tom de paródia. Tais comédias como esta não existem hoje em dia(guardadas algumas exceções, mas são infelizmente a minoria). Humor inteligente e de senso crítico, guardada pelo gênio do brilhante diretor Mario Monicelli e pelo lendário ator Vittorio Gassman.
Recomendo ainda outra leva de filmes, como o primeiro "O Incrível Exército de Brancaleone" e a trilogia de "Monty Python", ou seja, mostram-se aqui os melhores títulos europeus do gênero. Pretendo ainda conhecer mais coisas acerca do cinema europeu de comédia.
Por ora, é isso.
Um comentário:
Monty Phyton é riso garantido...
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