sexta-feira, novembro 24, 2006

Homenagens




Faço aqui uma homenagem póstuma a duas personalidades que fizeram história cada uma a seu modo e em seu meio de profissão e mais do que nunca incorporam o espírito do "pior é a guerra" icorporado neste blog.
O primeiro trata-se do maior jogador de futebol antes da era Pelé: o húngaro Ferenc Puskas. Líder do forte escrete húngaro - maior selecionado de futebol de sua época, Puskas só não ganhou Copa do Mundo. Perdeu a final de 54 para a Alemanha. Até aí, já era um motivo pensar que "pior é realmente a guerra".
O "pior", porém, viria com desentendimentos do craque(que fazia parte do exército nacionalisto húngaro) com o governo comunista de seu país, sob forte pressão soviética. A solução foi fugir para a Espanha, aonde lideraria o Real Madrid ajudando a montar um dos melhores times do mundo com Di Stefano. Puskas só voltaria à Hungria após a dissolução do regime, onde retomaria o posto de herói nacional e serviria de exemplo.Morreu aos 79 anos, de Mal de Alzheimer.
O segundo é o diretor norte-americano e um dos maiores incentivadores do cinema independente, Robert Altman. O "pior é a guerra" vem justamente de um de seus filmes mais célebres: a comédia de humor negro M.A.S.H(1970). O filme parodia a incômoda situação da Guerra do Vietnã, presente à época, sob a ótica da Guerra da Coréia, em 1952. Relata o cotidiano de cirurgiões médicos encarando a vida de maneira cômica , diante do horror das mutilações e carnificina humana. A lógica é a mais que acertada: "Faça amor(humor), não faça a guerra". Altman morreu aos 81, de complicações cardíacas.
Tá dado o recado.

Um comentário:

Bony Daijiro Inoue disse...

Assistí M.A.S.H a alguns anos, e achei ótimo. Muito inteligente, em se tratando de um filme produzido no auge da Guerra do Vietnã!
Altman faz parte do seleto grupo de cineastas de ouro...