sábado, dezembro 30, 2006

Antes do ano romper...

Última postagem neste blog antes do ano romper...

Se esse blog fosse uma esposa, ele certamente já teria me abandonado, tamanha a negligência com que o tenho tratado.

Próximo ano promete: especificamente a partir de fevereiro. Será quando já terei me livrado da monografia de final de curso. Terei mais tempo, portanto, de falar a respeito de coisas, tanto triviais quanto de caráter relevante, como a execução de Saddam no dia de hoje.

Falando nele, a vaga pra secretário em assuntos pandeísticos de Satã, se é que já não foi preenchida, está sendo disputada por Hussein e Pinochet. No ano passado, o próprio Satã, após o terceiro reinado milenar seguido, cedeu a sua vaga para Ronald Reagan.

No mais é isso, desejo um 2007 mais útil, promissor e satisfatório para todos, porque 2006 deixou um pouco a desejar, né mesmo?

terça-feira, dezembro 19, 2006

Ainda sobre trânsito

Voltando ao assunto de trânsito, segue dica de site indicado pelo ilustre blogueiro Boni Daijiro, do Diário de Um Liso.

O Insurance Hotline taxa a lista dos signos mais propensos à ocorrência de acidentes de trânsito.

No topo da lista dos mais propensos à acidentes, tem-se Libra em primeiro, Aquário em segundo e áries em terceiro.

No finalzinho da lista dos menos propensos, temos Câncer em décimo, Gêmeos em décimo-primeiro e Leão em décimo-segundo.

Dentro da lógica contida nos signos, isso significa que eu, geminiano, estou melhor na fita do que meus irmãos (arianos impulsivos).

Portanto, passem esse carro pra mim logo,boys, comigo é mais seguro...

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Mais um no trânsito

Depois de um ano na luta pela carteira de motorista, consegui o aval do DETRAN-RN num reteste prático.

Agora só um carro pra praticar...

Enquanto não chega a oportunidade do primeiro automóvel, Deixo aqui algumas músicas sobre o tema pra os prestativos leitores curtirem durante a semana:

Parei na Contramão - Roberto Carlos
Drive My Car - Beatles
Paralelas - Belchior
No Toca Fitas do Meu Carro - Bartô Galeno (:D)
Tentando Entender as Mulheres - Mundo Livre S.A.
Eu Quero Ver o Oco - Raimundos
Brand New Cadillacs - The Clash
Atropelamento e Fuga - Skowa e a Máfia

Quem tiver mais sugestões de músicas, é só postar aqui

Prudência e atenção também é fundamental. Cuidado nas festas de final de ano,boys.

Tá dado o recado.

Tema pra filme cabeçudo

Um ilustre amigo - leitor deste blog, fará uma viagem com seu pai de carro por volta de dois dias.

Destaque-se que os dois não se falam a um bom tempo em virtude da separação familiar e da distância da figura paterna.

Meu amigo rotula o pai como um esquizofrênico (comprovado clinicamente) que tem uma personalidade fria e pouco apegadaaos laços familiares. Diz que o velho só pensa em dinheiro e, resumindo, é um galado...

A história real da viagem pode até inspirar mais um daqueles filmes cabeçudos sobre família(quantos vocês já viram como esses?), com um Bill Murray desses da vida no elenco, tais como Flores Partidas.

Começo a pensar logo naquele estilo de road movies familiares nos quais a tendência são a ocorrência de acontecimentos surreais, papos cabeça, choro, discussão sobre a ausência paterna e no final uma baita de uma reconciliação à la Frank Capra, com direito a um problema súbito de saúde do pai nesse meio tempo de viagem.

Uma história que tende a dar um roteiro de filme massa...

Ou então, um filme de suspense,vai saber...

Conte depois, boy, o que aconteceu...

Espiem só

Tem um texto pedreiral escrito por mim em 13/11/2006 que foi publicado hoje.

Pode-se vê-lo acessando os posts daqui de baixo.

Fico devendo estes posts pros diletos leitores que cobraram os meus relatos cariocas, os quais foram infelizmente dispersos no tempo. Danniel Angrychair e Raphael Alô (este último é personagem do texto a que me referi) cobraram incessantemente a atualização deste blog cretino...

Ei-lo.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Retorno

De volta a Natal desde o dia 03 de dezembro, não me interesso em me desculpar pelo tempo de abandono deste blog.
Esses aperreios do cotidiano fodem a capacidade criativa de qualquer um..e foi justamente isso que aconteceu.

O balanço do incompleto "Diário Carioca",considerando-se resumidas observações no mês todo no Rio de Janeiro foi esse:

- Ipanema: Reúne o mais conhecido do Rio de Janeiro em matéria de mulher, mulher e mulher. É massa...
- Petrópolis: conhecendo o Museu Imperial, percebi o quão desnecessário(mas que é bonito é) foi gasto pra manter aquela luxuosidade toda em tempos de um Brasil miserável.
- Lapa: Um centro histórico respeitável. Templo da boemia carioca e bairro revitalizado nos últimos anos. A cultura carioca se afirma por lá.
- Copacabana: É a Ponta Negra carioca: anda suja, tem muito gringo e puta.
- Búzios: O mais deslumbrante litoral do Rio de Janeiro que conheci nessa viagem.
- Barra da Tijuca: Mantive distância dos rolé de lá. Caro demais.
- Violência: Vi nada, apesar de andar bem atento pelas ruas da cidade.
-Redentor: De lá se percebe o quanto a cidade do Rio de Janeiro é bonita e desigual.
........................................................................................................................................................................

A foto do MAC fico devendo pra próxima semana, em outro post.....
Agora é botar essa porra de blog pra funcionar. Qualquer observação perguntem a este que vos fala.

segunda-feira, novembro 27, 2006

MAC e América

Precisei ligar pra o ilustre amigo Julião na noite de sábado pra saber o resultado do América no Mineirão e arrancar uma boa notícia. Por sorte, não assisti ao jogo(certamente teria passado por fortes emoções) e fui pra Niterói com minha amiga Flávia conhecer o Museu de Arte Contemporânea, projetado por Oscar Niemeyer. Tiramos umas fotos por lá e ainda tivemos a oportunidade de conhecer e, com nossas mãos, elaborar pequenas obras de arte (bom, claro que de acordo com o conceito contemporâneo de arte...). Daqui a alguns posts mostrarei algumas fotos do projeto artístico, aguardem...

E parabéns,Mecão...Próximo ano Natal volta a sediar jogos da Série A.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Ou vai ou racha

Acompanhando do Rio de Janeiro a escalada do glorioso América de Natal à uma provável Primeira Divisão, nada é tão decepcionante quanto a derrota para o Santo André num Machadão lotado. Um empate garantiria de bate pronto a classificação. A cidade estava em festa - foguetório, carreata,o escambal. Tenho a impressão que o salto alto deve ter influenciado.
Outra oportunidade é possível, dessa vez sábado contra o Galo - campeão antecipado da Segundona. Como o Galo pretende dar festa pra torcida mineira, resta ao América ir no vai ou racha pra um empate ou uma difícil vitória.
Com a derrota, não significa permanência na Segundona.O Paulista, 2 pontos abaixo, precisa vencer o eliminado Brasiliense no Distrito Federal. Caso dê empate, a classificação segue pra equipe americana.

Agora é fazer figa pra uma possível festa na volta a Natal.

Homenagens




Faço aqui uma homenagem póstuma a duas personalidades que fizeram história cada uma a seu modo e em seu meio de profissão e mais do que nunca incorporam o espírito do "pior é a guerra" icorporado neste blog.
O primeiro trata-se do maior jogador de futebol antes da era Pelé: o húngaro Ferenc Puskas. Líder do forte escrete húngaro - maior selecionado de futebol de sua época, Puskas só não ganhou Copa do Mundo. Perdeu a final de 54 para a Alemanha. Até aí, já era um motivo pensar que "pior é realmente a guerra".
O "pior", porém, viria com desentendimentos do craque(que fazia parte do exército nacionalisto húngaro) com o governo comunista de seu país, sob forte pressão soviética. A solução foi fugir para a Espanha, aonde lideraria o Real Madrid ajudando a montar um dos melhores times do mundo com Di Stefano. Puskas só voltaria à Hungria após a dissolução do regime, onde retomaria o posto de herói nacional e serviria de exemplo.Morreu aos 79 anos, de Mal de Alzheimer.
O segundo é o diretor norte-americano e um dos maiores incentivadores do cinema independente, Robert Altman. O "pior é a guerra" vem justamente de um de seus filmes mais célebres: a comédia de humor negro M.A.S.H(1970). O filme parodia a incômoda situação da Guerra do Vietnã, presente à época, sob a ótica da Guerra da Coréia, em 1952. Relata o cotidiano de cirurgiões médicos encarando a vida de maneira cômica , diante do horror das mutilações e carnificina humana. A lógica é a mais que acertada: "Faça amor(humor), não faça a guerra". Altman morreu aos 81, de complicações cardíacas.
Tá dado o recado.

Lapso temporal

Quem estranha o fato de eu estar postando agora, depois de onze dias de lapso, não estranhe(e nem imagine que fui "esmagado" pela violência do Rio de Janeiro). Decorre que nos dias da semana o estágio na Agência Nacional do Petróleo tem tomado um bocado de tempo, sem contar nos finais de semana em que fui pra Ipanema,Búzios,Lapa,Petrópolis e mais algumas localidades.
Nao sei se relatando algumas histórias sobre o Rio de dez dias atrás vai ajudar a resolver alguma coisa. Já não seria um relato do cotidiano carioca, como eu planejava.
Bom, aguardem novos relatos, não vai demorar muito.

segunda-feira, novembro 13, 2006

A floresta, o "tranco", a chapa quente e o Redentor 11/11/2006


Esse texto foi escrito há um mês atrás,mas foi esquecido de postar... Um retrato de um dia pelo Rio de Janeiro. O tempo já expirou, enfim,usufruam-no...

Sábado com temperatura de 11 graus no Rio de Janeiro. Ainda não tive a oportunidade de um dia de sol com chances boas de ir pralguma praia famosa aqui na Cidade Maravilhosa.

Oportunidade boa pra conhecer o Redentor. Saímos do Recreio por volta de umas 14 horas - Eu, André e Rafael, este último inclusive, apesar de carioca, não anda pelo Redentor há mais de 20 anos. Pra ele, uma oportunidade de revisitar o ponto turístico mais lembrado do Rio. Pra mim, uma oportunidade única de conhecer finalmente "boy jeja"(apelido pinta rês de Jesus Cristo) lá do alto.

A viagem pro Corcovado incluiu uma passagem pela estrada sinuosa da Floresta da Tijuca - a maior floresta urbana do mundo, segundo consta. Um dos detalhes é que à medida que se subia, mais frio se tornava.

Para o Corcovado, pode-se incluir diversos caminhos por pontos diversos da cidade. Como se verificaria depois, o caminho pela floresta não seria dos mais profícuos...

Depois de inúmeros aclives e declives pela estrada do Corcovado na Tijuca, chegamos finalmente a um ponto no qual seguir-se-ia um caminho livre para acesso.

O que não sabíamos, e isso teria fundamental importância para os parágrafos nos quais escreverei a seguir, é que o caminho que achamos pela floresta estava interditado para carros. Inclusive uma cancela fechava o tal caminho. Mas o tal do "jeitinho" brasileiro, tão personificado pelo carioca, incorporou-se e abrimos a tal da cancela para seguirmos passagem.

No caminho proibido, via-se pedestres e ciclistas no sentido contrário ao nosso caminhando pela floresta. Claro que nos pareceu, nesse momento, que o caminho ia dar em merda, mas decidimos seguir. Qualquer coisa inventaríamos alguma desculpa.

Até apareceu um senhor sem camisa (corajoso,por sinal, vide o frio que fazia por lá) perguntando-nos se nós éramos da polícia ou se tínhamos permissão pra andar por ali. A informação que damos era de que a cancela estava aberta, portanto poderíamos passar. Que nada,boy.

O fim da linha aconteceu após encontrarmos um carro escrito "Tourism Police", ou "polícia de turismo". O policial dirigindo o carro já olhou atravessado para nós e pediu para nós pararmos. No que o sujeito perguntou:
- O que vocês estão fazendo aqui?
- Tamo indo por Corcovado.
- Como? Se a cancela da passagem tava fechada? A cancela só abre às 18h para carros.(eram umas 15:30h)
- Ué, nós vimos a cancela aberta e achamos que podíamos ir. Não tá certo não?(pelezagem explícita)
- Estranho...(o policial não disse mais nada)
A opção foi dar a volta pra pegar um outro caminho(desta vez pelo bairro da Tijuca). Ainda teríamos que ter tempo de abrir a cancela e deixá-la aberta para o policial imaginar que realmente estava. Conseguimos, de fato.
....................................................................................................................................................................
Escapando do "tranco", fomos em direção pelo caminho do bairro da Tijuca. Rafael e André informaram que ali era um dos bairros "chapa quente" do Rio. Outrora, havia sido um bairro bastante elitista. Com o passar dos anos, a favelização transformou o bairro e hoje se trata de um bairro de classe média rodeado de favelas. A criminalidade pegou por lá.
Pelo mesmo caminho, mais um bairro chapa quente: o Estácio. Um dos maiores índices de violência da capital. Dizem que por lá dá tiroteio como caju dá no pé.
----------------------------------------------------------------------------------------------
Feito o caminho, passamos pelo bucólico bairro de Santa Tereza (famoso pelas narrativas de Machado de Assis) até ir pela estrada que daria para o Corcovado.

Frio do cão por lá, como de praxe nesses tempos de inverno. Chegando ao Redentor, avistamos um complexo turístico fuderoso.

O que impressiona é a vista panorâmica da cidade maravilhosa e os contrastes que se pode observar a partir dali. A "triste e linda" zona sul contrastando com a lírica conturbação dos morros e a desordem da zona norte. Cabe ainda destacar a imensidão da Baía da Guanabara, a Ponte Rio- Niterói e enrome mancha negra que degrada a Lagoa Rodrigo de Freitas.

Observações da tarde, por ora é só...

Observações rotineiras 09_10/11/2006

Das idas e vindas do caminho no ônibus Recreio-Centro, pude analisar algumas coisas sem precisar de guia:
- O Leblon é de longe o melhor bairro da Orla Sul, além de parecer bem mais barato. Mais tranquilo, calçadão com mulher bonita, clima de barzinho de esquina, pouca prostituição, além de lembrar bossa nova a cada rua.
- Copacabana dá mais turista que carioca mesmo. E prostituta a rodo. Terra de malandro também.
- A Barra é uma cidade dentro do Rio. Tem gente que não precisa sair de lá pro outro lado da cidade. Opção não falta. Dinheiro também não. Metro quadrado mais caro do Rio. É o bairro dos playba e das pat.
Por ora é isso mesmo.
-

Atualizando

Os dias de estágio na ANP pela semana além do final de semana pra conhecer pontos da cidade do Rio de Janeiro e um artigo jurídico pra entregar nesta próxima quarta me impossibilitaram de atualizar essse blog.
Bom,lá vai.
Atualizando...

quarta-feira, novembro 08, 2006

Rolé - 06_07/11/2006

Permitam-me postar sobre estes dois dias e de uma só vez. Não é muito interessante descrever sobre uma rotina diária (que realizar-sé-á no mês todo) da casa para um local de trabalho. Ainda tem a volta no ônibus.
O Recreio é um bairro bastante afastado do Centro da cidade, onde se localiza o prédio da ANP. Preciso acordar de 5:50 da manhã para pegar um ônibus de 6:50, o qual realizará um longo percurso até o Centro. Cerca de uma hora e quarenta minutos de viagem e muito trânsito pelo caminho. O ônibus anda pela orla sul, das belas praias de São Conrado até Copacabana. É normal no início ficar deslumbrado com a bela paisagem urbana da orla, mas sinto que a partir da sexta-feira a sensação já será de encarar as coisas na normalidade e com um certo abuso.Resta a torcida pra chegar logo no Centro da cidade.
O trabalho dura das 09:00 às 18:00. Minha amiga Flávia, também de Natal e que estagia comigo, é a companhia de horas de trabalho, com uma aptidão imensa pra rir o tempo inteiro e bastante terna, o que gera diversão no itinerário. Ela está perto do Centro e me disse que já conhece boa parte dessa região. Estamos combinando para conhecer mais coisas da parte do centro: cinemas, museus, bibliotecas, mercados, etc.
O pessoal da ANP é simpático e prestativo. No meio do itinerário, em horário de almoço, e nos horários livres, rola dicas sobre a noitada no Rio de Janeiro e as opções em cada bairro da cidade.
Andar aqui pelo Centro, na volta, está se tornando tarefa bastante tranquila. Desmistifiquei já a idéia de que a violência poderia surgir a qualquer momento. Por ora, nada de mais. O caminho para o Recreio, o qual, à volta, parece ainda mais longínquo, se apresenta sem grandes surpresas.
No mais, é isso.

domingo, novembro 05, 2006

Mar de brigadeiro, céu de almirante - 04_05/11/2006

Resolvi postar os dois dias últimos dias desse fim de semana no Rio por não ter conseguido postar ontem.
Basicamente, dentro de uma ótica para quem reside na Barra da Tijuca e Recreio(este último bairro no qual estou hospedado) não se vê uma forte preocupação dos moradores em relação à criminalidade. A situação é tranquila e sem aquele clima de guerra apresentado nos jornais e televisão, mas isso, claro, é uma visão de quem está nos bairros da orla sul. A forte tensão social situa-se nos bairros periféricos, dos quais, sinceramente, quero manter distância. 99% do pessoal que mora nessa região certamente se trata de gente de bem, infelizmente os 1% restantes dominam a criminalidade presente. Quem sabe um dia, numa postura governamental mais incisiva, a situação social melhore. Espero, também, dentro do prazo de um mês que estarei aqui, não ser assaltado. Como trabalharei no Centro, corre-se esse risco, mas dizem os "experts" em Rio de Janeiro que deve-se andar acompanhado com a multidão pra pegar os pontos de ônibus.É ver pra crer.
Descobri também que pode-se andar por aqui, pra alguns cantos legais, sem precisar gastar muita grana. Para gente lisa como eu e com dinheiro contado na estadia aqui, isso é jogo. Tomei umas cervejas na Barra da Tijuca com o meu amigo André e seus amigos, num canto agradável, chamado Downtown - um shoppingzinho que fica lotado final de semana, sem precisar pagar entrada, gastando 15 reais pra cooperar na conta.
Tive a oportunidade de conhecer a Prainha, belíssima,por sinal, e com direito à visão privilegiada das montanhas e das mulheres cariocas. Não deu pra tomar banho lá devido à gelidez da água do mar.
Por ora, é isso, amanhã começa o trabalho no centro, quem sabe dê tempo de postar. Mantê-los-ei avisados.

sexta-feira, novembro 03, 2006

Impressões Cariocas - 03/11/2006

Peguei um vôo tranquilo sem atrasos de Natal pro Rio de Janeiro em escala direta. A impressão da vista aérea da cidade é tal qual Tom Jobim descreve em "Samba do Avião". Dá uma certa emoção e um certo tom de calafrio na visão aérea da cidade, pois do Rio, para o que se pode esperar de uma grande metrópole é o inusitado, o desconhecido.Uma cidade bela com grandes contrastes sociais. É o mundo, rapaz, chega fiquei aperreado com tanta grandeza.
Estou situado na casa de um amigo meu em bairro belo e tranquilo: Recreio dos Bandeirantes. Aqui pode-se conversar à noite em pracinhas e andar sem ser incomodado, até porque se trata de um bairro residencial. É como perambular em cada bairro de Natal, claro, obviamente, com as devidas proporções.Soube que aqui é o bairro que mora Chico Buarque de Holanda,má!!! Interessante é que nos condomínios daqui só pode ser construído até três andares e cada qual mais bonito que o outro.
O trajeto até o Centro da cidade,aonde trabalharei em um mês é longo, mas, em se tratando de Rio de Janeiro não deixa de ser cativante. Peguei a orla sul com meu amigo e sua família de carro . Do Recreio andamos pela Barra, com um calçadão pomposo e muitas beleza naturais. Aliás,beleza natural é o que não falta,po. De lá, se não me engano, passamos pelo Leblon e pelo Bairro do Vidigal, que, apesar de ser favela, é até um canto fascinante. Depois, pela Avenida Niemeyer, chegamos à Praia de São Conrado, a qual, pela vista, me pareceu mais deslumbrante que Ipanema e Copacabana, que também são coisa de cinema, mas isso não direi mais pra não parecer tão óbvio. Tom Jobim e Vinícius dizem melhor por mim e sem precisar escrever em blog.
O interessante de conhecer uma cidade é justamente o elemento humano. E isso deu pra perceber no Centro. Puta merda. Ali é que é "mundo". Prédios aloprados e modernos contrastando com os históricos, de considerável valor para os "antigos" moradores. Lembranças de um Rio antigo, boêmio, de Noel, Cartola, Ismael Silva, Machado de Assis, etc,etc... Conheci o Clube Social da Marinha: um prédio antigo de 1800 e pouco, no qual se vê velhos reformados da marinha, em um pub localizado por lá, falando sobre política do tempo de Vargas, Jânio, Juscelino e, quiçá, dos tempos da República Velha, de Washington Luís pra mais antigamente.
Situação interessante(e cômica) é a caminhada pela parte histórica em que se localiza cinemas de pornografia, um, aliás, bastante conhecido pela boemia carioca: o Cine Íris. Da entrada se vê velhinhos desconfiados comprando e dando o ingresso para o bilheteiro, olhando pelos lados. Conseguia se perceber no semblante um certo tom de solidão(acho que Gabriel Garcia Marquez perceberia da mesma forma, não o quê? :P) . Frutos de uma boemia de tempos idos, não posso descrevê-las,por ora, talvez, andando pelo centro mais vezes consiga perceber esse histórico tão interessante.
Na volta, percebe-se uma infinidade de prédios: cada um mais grandioso que o outro. E uma cidade impressionante dentro do Rio, pelo alto: a magnética Rocinha. Bastante bela vista por cima.
No momento, essas são as impressões deste humilde relator nordestino diante da magnitude dessa cidade. Talvez deva me sentir como em "Lamento Sertanejo", música de Gil em co-autoria com Dominguinhos.Ouçam-na.
Despeço-me dos leitores por hoje, amanhã tem mais.

segunda-feira, outubro 30, 2006

40 anos de ocaso


Morei no Maranhão nos anos de 2001 a 2002 e pude presenciar de fato a sufocante predominância da oligarquia Sarney no mais miserável estado da nação, ostentador de um IDH comparável a Serra Leoa e Burundi, na África.
"Isto não é uma família, é um flagelo", comentou uma jornalista(a qual não me recordo o nome), numa análise dos indicadores sócio-econômicos do estado nos 40 anos de domínio da família , no período em que despontava a candidatura de Roseana Sarney para a Presidência da República, antes de descobrirem o escândalo dos milhões de dólares na empresa Lunus, de propriedade do marido de Roseana(ilustração ao lado).
De fato, havia uma clara certeza entre os opositores dos Sarneys de que boa parcela da culpa do péssimo desempenho social do Maranhão nesses últimos 40 anos deveu-se a uma política personalista detentora de praticamente todos os grandes meios de comunicação do Estado e a um coronelismo arraigado nas constantes práticas de favores desses para com a população mais pobre.
Atualmente, verifica-se que a população acordou(cumpre salientar também o vigente caso para o carlismo baiano) para anos de arbitrariedade e favoritismo. O três vezes prefeito de São Luís, Jackson Lago, do PDT, adversário dos Sarneys desde os anos 60, fundiu uma coalizão forte para o segundo turno com o propósito de desbancar de vez a eleição de Roseana Sarney. A vitória de Roseana era dada como certa já para o primeiro turno, mas o forte clima de oba-oba e o não-comparecimento da candidata ao debate no primeiro turno serviram para a imposição de um segundo turno. Caíram por terra, como se verificou no resultado das eleições de ontem, as ilusões sarneyzistas de mais 4 anos de governo.
Jackson Lago afirmou na noite da apuração da eleição ontem que se tratava "do fim de uma noite que já durava 40 anos". Palavras mais do que acertadas. Será o fim de um ocaso de um estado tão rico em natureza econômica e social tão mal aproveitadas diante do quadriênio dos Sarneys?
Esperamos que sim, não me curvo a dizer. É um novo rumo para os quadros nacionais(vide derrubada crescente das oligarquias) e a esperança de uma nova era para o desenvolvimento maranhense, o que não deixa de ser bom também para o Brasil, que vem trilhando pelo mesmo rumo.

News On the March!!!

Essa história de montar um blog sem ter disposição pra escrever em dias consecutivos é complicado por demais. A semana passada foi verdadeiramente tediosa e estafante pra este blogueiro que vos fala. O clima de eleições no final da semana serviu pra melhorar em matéria de novidades e a ocasião da boa vitória de Lula (não disfarço minhas preferências políticas) surgiu como um alento para a continuidade da política social e desenvolvimentista pela qual o país experimentou nestes últimos 4 anos(daqui a pouco Alberto posta um comentário baixando o pau).
Bem, mas não é sobre política o conteúdo deste post e sim apenas para informação de que ou na quarta ou na quinta ou na sexta desta semana estarei de viagem pro Rio de Janeiro, no qual farei um estágio de um mês por lá. Dentro desse considerável período de estadia em terras cariocas, postarei(pelo menos é o que pretendo) um diário sobre esses dias de vislumbramento com a cidade grande.
Beradeiro que sou, nunca conheci nada além do sul de Pernambuco e nada além do oeste do Maranhão, portanto preparem-se para um relato verdadeiro sobre as impressões no Rio de Janeiro. Já me imagino lá no meio da cidade pensando em se tratar realmente que é "um mundo!!" como costumam considerar os advindos de capitais e cidadelas provincianas. Samba e chorinho de rocha,boy.
É isso, acho que começo o relato a partir do dia da viagem, que é indefinido, mas aguardem...

quarta-feira, outubro 25, 2006

Male Tempora!!!

"Male Tempora"(maus tempos, na tradução do italiano), apregoa o místico Santo Colombino na clássica continuação (porém nem muito lembrada) da comédia "O Incrível Exército de Brancaleone", qual seja, "Brancaleone nas Cruzadas"(Itália, 1970).
Os "maus tempos", versados pelo místico(que reside no topo de um pedestal gigante) dizem respeito à época das cruzadas aonde persistiam a incerteza política na Europa e a peste, que se alastrava de maneira descomunal. Há no filme a célebre cena em que, num duelo a respeito de quem teria a legitimidade divina para ser o verdadeiro papa - se o Papa Clemente ou o Papa Gregório, o místico incumbe uma tarefa para o atrapalhado cavaleiro Brancaleone de Norcia: andar de pés descalços sobre brasas ardentes de cerca de um metro de comprimento. Caso cumprisse a complicada tarefa, o papado viria a ficar com o Papa Gregório(demonstrado na ilustração ao lado, carregado por três moribundos) e protegido por Brancaleone.
O interessante do filme é a quantidade de situações tão típicas do medievo transformadas em tom de paródia. Tais comédias como esta não existem hoje em dia(guardadas algumas exceções, mas são infelizmente a minoria). Humor inteligente e de senso crítico, guardada pelo gênio do brilhante diretor Mario Monicelli e pelo lendário ator Vittorio Gassman.
Recomendo ainda outra leva de filmes, como o primeiro "O Incrível Exército de Brancaleone" e a trilogia de "Monty Python", ou seja, mostram-se aqui os melhores títulos europeus do gênero. Pretendo ainda conhecer mais coisas acerca do cinema europeu de comédia.
Por ora, é isso.

terça-feira, outubro 24, 2006

Debate na Record

Não assisti direito a nenhum debate promovido pelos canais de televisão para esse segundo turno, devido à impropriedade do horário e ao meu corriqueiro sono das 23 horas.
Tento me informar, no dia seguinte ao dia de cada debate, por opiniões de amigos de faculdade e demais meios de comunicação via internet para avaliar, quem, na opinião destes, havia ganho o debate (apesar de na faculdade não existir muita gente pró-alckmin).
O problema de se interpretar, na ótica de cada eleitor fidedigno, qual candidato ganha o debate, é tal qual analisar dentro de um estádio de futebol, diante da efervescente paixão pelo time do coração e, em defesa do próprio , jamais admitir a sua falta de qualidade. ( Meu amigo Alberto, alckmista ferrenho, é o responsável por tal analogia).
Pelo que pude inferir dos poucos momentos que acompanhei, no debate da Record de ontem, foram momentos alternantes entre a calma e a impaciência para os dois candidatos.
Lula se manteve coerente no diálogo sobre política externa, programas sociais e mais outros tantos acertos do seu governo, contudo se atrapalhou com perguntas sobre políticas para deficientes e sobre o tão conhecido cartão de crédito do presidente.
Alckmin pecou pelo excesso de formalismo e por uma linguagem incompreensível, além de não chegar exatamente no tema proposto quando a pergunta era feita pelo candidato Lula. Acertou nas perguntas perniciosas sobre a ética política.

O que realmente, de fato, importa na realização desses debates é se será capaz de atingir o eleitorado no dia seguinte: possibilitando uma mudança brusca na escolha do candidato ou na afirmação mais que definida pelo mesmo.
No momento, é difícil aparecer algo parecido com o caso "Lurien", que derrubou o candidato Lula nas eleições de 1989, no último debate a ser realizado pela Globo na próxima sexta.

Mas em política tudo é possível,penso eu...






quinta-feira, outubro 19, 2006

Auto-controle

Descobri agora no cochilo da tarde que sou capaz de controlar meu sono.

Nem lembro agora sobre o que eu tava sonhando, só sei que a cada vez que o meusubconsciente pedia: "É hora de acordar, o despertador tocará de 16:30h, é tudo uma questão de vontade. E aí, acorda ou não?"(mera ilustração da descrição do sono e das reações do organismo), a outra parte confrontadora do meu subsconsciente respondia: "Não tem pressa, a tarde tá livre, só tem trabalho à noite, é preciso repor o sono perdido da madrugada, o sonho também tá tranquilo,deixe pra mais tarde."

E realmente quando eu quis acordar, meio que numa percepção de que as 16:30 h estavam chegando, busquei no subconsciente a determinação para acordar, de rompante.

Recomendo a todos buscar esse método, mas acredito que só funcione no sono descompromissado da tarde(métodos empíricos comprovam).

A descrição psicológica pode até parecer muito imprecisa, mas, dentro da minha leiguice, foi o que pude compreender.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Flor do Lácio

Resolvi deixar essa poesia do poeta-maior pra causar alguma reflexão.
Usufruam.


AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente

E os que lêem o que escreve
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm

E assim nas calhas de roda,
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração

Fernando Pessoa

De bobeira

O caba(o narrador aqui) chegar neste blog, depois de uns 6 dias e não escrever nada demais... realmente é frustante pra quem esperava algum post interessante.

O problema é que tô numa falta de inspiração da gota pra essas coisas de blog nessa semana. Isso com certeza tem a ver com a semana um pouco puxada que se iniciou e também com uma imensa falta de conhecimento em relação à como montar a estrutura de um "verdadeiro" blog...Esses blogs cheios de parafernalha(link pra site no canto direito da página, contador de acesso,etc...).

Enfim, também gastei meu tempo pra tentar ajeitar essas coisas e até agora "nem água,pai", tá o mesmo site chinfrim de sempre. E se vocês repararem, quando inicia a entrada no meu blog, sempre aparece uns links no canto de cima feitos na base da pedreiragem por quem não sabe mexer direito em modelos de formatação(eu).

O mais breve possível(só não garanto quando) farei com que este site seja maravilha de recursos indispensáveis para fustigadores de blogs(os meus caros e nao sei quantos leitores que vêm acessar aqui). É sempre bom guardar no site uma porrada de links de outros sites pra gerar um círculo de novidades e conhecimento internet afora, procurarei isto.

É isso,perdoem. Vem mais por aí.

sábado, outubro 14, 2006

Músicas do Blog - que fizeram a cabeça deste narrador na semana 2

1- Marim dos Caetés - Alceu Valença

Tive a oportunidade de rememorar essa música num churrasco dum ilustre amigo meu neste feriado dia 12/10, numa roda de violão.
Quando estou em São Luís, sempre pinta uma oportunidade de ir prum barzinho lá que toca uma infinidade de coisas da MPB(em CD e LP) e, a pedidos, sempre que mando o bilhete pro dono do bar peço "Marim dos Caetés", de Alceu.
Essa música é da memória sentimental. Faz-me lembrar das viagens com a família, na Belina cor de vinho, de Assu pro Seridó ou de Assu pra Natal. Toda vez papai colocava um K7 velho, todo detonado, em que tocava uma versão ao vivo de "Marim". Pulava sempre na parte que Alceu dizia "porta dos cabaré".
Taí, vale a recordação.

2- Onde a Dor não Tem Razão - Paulinho da Viola e Élton Medeiros

Uma das mais belas canções de Paulinho, em parceria com Élton Medeiros. Trata de um velho e corriqueiro tema nas canções do mestre: a desilusão. Contudo, o velho coração abalado demonstra sinais de cansaço com tamanhos "amores perdidos" e "paixões" mal-resolvidas. Decide mudar de rumo e tocar a vida com tranquilidade, impassível de dor e esperançoso.
Recomendada pra ouvir com uma breja do lado bem gelada.

3- Happiness Is a Warm Gun - The Beatles

Discuti com um amigo se essa música era daquelas a qual Lennon se referia como uma de suas composições "perfeitas". É sabido que "Help" e Strawberry Fields Forever" entram nesse time, mas John ainda acrescentou umas duas músicas do álbum Branco como referência.
Acredito que "Happiness Is a Warm Gun" entra neste rol seleto de perfeição.
Ouçam e confiram, pra ver se eu não tô mentindo.

4- He Was a Friend of Mine - Bob Dylan

Clássico "folk", interpretada pelo maior compositor estadunidense das décadas de 60 pra cá. Essa canção entra na velha tradição das músicas rancheiras dos EUA, relatando vida de gente comum e sofrida.
O amigo do cara nunca tinha feito mal a ninguém e morreu de bobeira na estrada sem um tostão furado. É basicamente isso.
Penosa....

5- Violêro - Elomar

Rapaz, quem define a obra de Elomar em palavras certeiras é justamente Vinícius de Moraes. Confiram aqui.
Pus a clássica "Violêro" aqui como mera ilustração. Ouçam a obra do mestre da cantoria que vocês saberão do que eu tô falando.

Bodas de Hematita

Dedico este espaço para meus pais que ontem comemoraram 28 anos de casamento.

Toda família tem uma história e com certeza tenho muito a aprender com as lições de Joaquim e Maria Do Céu nesta escalada para uma vida notável em superação de obstáculos e constituição sólida na base familiar.

Felizes bodas de hematita(28 anos de casamento), papai e mamãe. Vocês merecem!!!

Nostalgia



Tava dando uma fuçada no emulador de Mega Drive novo que instalei há pouco tempo e comecei a jogar aquele jogo de Michael Jackson na época do filme "Moonwalker", em 1991.
O jogo é basicamente isso: Michael Jackson luta contra os mafiosos ao som de músicas classe em formato videogame como "Smooth Criminal", "Bad" e "Thriller". Isso tudo para salvar as criancinhas em perigo, quer dizer, em cada fase ele tinha o objetivo de resgatar todas as criancinhas em perigo dos malfeitores do jogo.
Curioso é que toda vez que Michael acha um de seus pupilos em perigo, a criancinha grita: "Michael" e sai correndo. Com certeza já sabia da infâmia do astro pop, antes de estourar os escândalos na "neverland".
À época, Michael Jackson ainda usufruía da notória condição de maior astro pop. Coisa que, atualmente, não se enxerga nem o rastro.
Além disso, o jogo ainda traz umas rodadinhas pra lá de suspeitas do ex-cantor negro. E aquelas danças escrotas apoiando-se nos sapatos, que são o golpe especial dele pra matar todos os bandidos do cenário.
Nostalgia é isso.

Arranho não o quê?

Tô disponibilizando aqui o link para o site dos Bonnies, banda das mais promissoras da cidade do Natal e amigos meus.
Tem uma porrada de coisa: MP3, História da banda, eventos(apesar de tar meio parado esse item...façam show,bando de fela), Contos escritos pelos integrantes da banda demonstrando também a aptidão dos sujeitos para outras artes e, chamo especial atenção para as animações que estão disponibilizadas por lá - CULTURA PINTA RÊS na hora.

Clique aqui:>>>>>>>>>>>Os Bonnies

terça-feira, outubro 10, 2006

Doce Vida

Revi "A Doce Vida" neste fim de semana. O clássico de Fellini traz um dilema dentre tantos presentes no imaginário do ser humano: a opção por uma vida simples, realista e sem maiores surpresas ou por uma vida escapista, leviana e tumultuada.
O personagem Marcello(vivido por um dos maiores atores de seu tempo: Marcello Mastroianni) é um jornalista "paparazzo" na época da Itália pós-guerra 1945, aonde se experimentava uma onda de otimismo e euforia diante de um cenário glamouroso coberto de artistas e figurões.
Marcello procurava se esmiuçar neste mundo devaneístico, rodeado de belas mulheres e fama, despreocupado com a realidade presente: uma realidade simbolizada por sua namorada problemática e amorosa e por um país religioso e moralista, coberto ainda sob a máscara do sagrado em contraposição ao profano.
Analisando este filme(não antecipo aqui as cenas até para quem não viu tiver a oportunidade de vê-lo), pensei mesmo o quanto é complicado optar por um estilo de vida ou outro. Levo o exemplo para a atualidade brasileira( especificamente Natal), sem os pitorescos sonhos de Fellini, obviamente. Numa fase de transição pela qual me encontro, a um passo da maturidade, saíndo da Universidade direto para o inseguro campo profissional, também as questões psicológicas influem.
É preciso compreender, nessa fase de amadurecimento, algumas discussões existenciais que nos fazem pensar a respeito. Dentre essas discussões, a apontada no filme: Seria a hora de procurar, como sentido para a vida, uma vida regrada e conciliadora do tipo funcionalismo público e relacionamento fixo a tiracolo ou uma alternativa mais voltada à liberdade de criação e às fugacidades?
Essa discussão, por ora, pode ser deixada de lado. Muita coisa a se interpretar. Vejam o lirismo de Fellini em " A Doce Vida" e tantos outros clássicos do mestre.
É isso.

sábado, outubro 07, 2006

Cordel,quando?

Hoje eu soube que haveria um show de Cordel do Fogo Encantado no encerramento da Cientec este sábado(07/10/2006), mas a confusão de dois sites divulgando o mesmo evento me deixou em dúvida . Seria hoje ou somente próxima semana?(conforme divulgou este site).
Gosto de Cordel mas sempre achei algumas coisas do show meio forçadas(aquela coisa intermitente de recitais no meio da música não me agrada muito),mas é sempre uma boa opção. Principalmente pra ir num canto sem gastar nada e pra quem vai passar o mês no aperto(eu...). Enfim, vale a pena...

Ouvi falar de um show de Zé Ramalho domingo. De graça também(não sei se pro encerramento da Cientec ou outro evento). Faz tempo que não vou ao show desse caba. Se realmente acontecer(e não for boato) tô lá na hora.

Segundo Turno


Domingo começará o primeiro debate do segunto turno entre os candidatos á presidência na Band.
Desta vez, é obrigatória a presença de Lula(obviamente). O erro estratégico do PT em não comparecer ao debate da Globo foi crucial para a existência de um segundo turno. Numa eleição praticamente ganha, a burrice do PT culminou num segundo turno angustiante para ambas as partes.
Ocorrerá neste segundo turno um festival de "cobra engolindo cobra" no sentido de que o PSDB atacará o atual governo pelos casos de corrupção ocorridos nos últimos dois anos e o PT, num revés, preparará uma coletânea de denúncias sobre o governo de Alckmin em São Paulo e seus arquivamentos de CPIs além de apontar irregularidades licitatórias na época do Governo FHC e a existência do mensalão à época da emenda da reeleição.
Quero ver a desgraça acontecer. Particularmente gosto desses embates ideológicos que, malgrado a baixaria que os envolve, também possibilitam a discussão de planos e outros projetos que ficaram em vias de discussão. O segundo turno de fato é benéfico, conforme disse Cristòvam Buarque, porque traz ao eleitor uma menor indefinição sobre a situação futura do país.
Eu, particularmente, já tenho um candidato em mente(quem me conhece sabe de quem se trata) mas não adianto aqui a minha posição. A posição do narrador neste blog é pretensamente imparcial, pelo menos em se tratando de política. Futebol,religião, música, isso sim: não escondo minhas preferências.
No mais,é isso...

quinta-feira, outubro 05, 2006

....

Depois do cansaço, após passar o dia todo num evento das bolsas de pesquisa da ANP da UFRN, retorno a escrever neste blog. Estou muito cansado pra tentar escrever alguma coisa de útil por hoje e pretendo ir pra CIENTEC hoje à noite pra ver se tem alguma coisa que preste e seja útil,pelo menos pra tirar o cansaço . Não se preocupem, prezados leitores, espero que amanhã ou depois de amanhã eu esteja postando alguma coisa mais interessante pra gerar pelo menos algum tipo de discussão(não pretendo falar em todo post o que eu fiz ou deixei de fazer no dia, não é essa a intenção deste blog). Tenho umas coisas interessantes, sério.

Já que esse post é só pra encher linguiça, Disponiblizo aqui um comercial da PEPSI no YouTube que remete a meu filme preferido: O Poderoso Chefão. Confiram.

quarta-feira, outubro 04, 2006

De volta

Passei o dia todo de ontem sem postar neste blog. Eu lhes disse que a regra era mantê-lo atualizado. Falha minha. Mil perdões. É que passei o dia de ontem estudando pra uma apresentação de um trabalho na CIENTEC da UFRN, que teve nesta manhã. Amanhã e depois de amanhã tem mais, desta vez de manhã e tarde, só que pra uma tal de avaliação dos PRH´s de Petróleo de todo o estado, no qual alguns avaliadores da ANP do Rio de Janeiro irão avaliar os trabalhos dos bolsistas. Portanto, disponho de pouco tempo livre pra escrever algumas coisas para o meu incipiente, recente, porém fiel público de leitores.

De bate-pronto, recomendo um site interessante para quando as coisas na Internet estiverem um tanto aborrecidas: http://www.i-am-bored.com , tem uma porrada de coisa inútil, é em inglês, contudo tem diversos temas que, de acordo com o interesse do internauta no momento, podem vira a ser interessantes.

Tô ainda recente nesse blog(vai ser uma semana na sexta) portanto não estranhem a ausência de imagens e links para outros sites interessantes, aidna pretendo mexer nessas duas partes. é só questão de tempo este aprendizado...
No mais, é isso...



segunda-feira, outubro 02, 2006

Músicas do blog - que fizeram a cabeça deste narrador nesta semana

1) Depois da Vida - Nélson Cavaquinho e Guilherme de Britto

"Se pra fazer um samba com beleza, é preciso um bucado de tristeza", então Nélson é um dos baluartes do gênero. Sua obra,notadamente melancólica, também traz algumas músicas de caráter fúnebre como "Juízo Final" e esta "Depois da Vida", o que lhe rendeu o singelo apelido de "Nélson Coveirinho".

"Depois da Vida" retrata um pobre sujeito que apenas consegue matar o desejo de beijar sua amada no leito de morte desta. A beleza da junção da melodia com a letra de Guilherme de Britto além da boa execução sonora da gravação e interpretação de Paulinho da Viola dão a entender o que era o samba dos tempos de outrora.

Um trecho: "É pena que os lábios,gelados como os teus, não sintam o calor que eu conservei nos lábios meus." Atmosfera pesada,hein? Dei valor.

2- I`m So Tired - Beatles

Música dos Fab four que não teve seu sumo completamente sugado, "I´m So Tired", do álbum branco, é uma música legitimamente de fossa. Leva ainda uma carga forte de byronismo(bebida,introspecção,devaneio). Lennon é a voz principal da canção, mas também merece destaque a voz poderosa de Paul em um de meus trechos preferidos: "You know I'd give You everything I've got for a little peace on mind."

3- Pelas Tabelas - Chico Buarque

Neste clima de segundo turno e apreensão para a escolha presidencial, nada melhor do que ouvir Chico Buarque nesta música composta à época do Movimento Diretas-Já. A confusão generalizada com que se tornou essa época de transição democrática pode servir também para esse momento de indefinição política e crise ética."Ando com minha cabeça lá pelas tabelas, claro que ninguém se toca com minha aflição."Do álbum de Chico de 1984, se não me engano, o mesmo que tem "Vai Passar".

4- What Is And What Should Never Be - Led Zeppelin

Composta e inspirada na atração que o vocalista Robert Plant tinha pela irmã mais nova de sua noiva, esta canção é uma invocação lírica a um avanço no tempo em que seria possível uma relação entre os dois. Mas não foi esse o motivo em que incluí essa música. Música não feita em português, pra mim, costuma chamar a atenção pela melodia e arranjos. E essa é fuderosa. Como tudo que eu conheço de Led Zeppelin,aliás. O peso da bateria de Bonham junto com o resto da banda é um negócio fora de série. Gosto bastante da versão do "Live At BBC".

5- Waterloo Sunset - The Kinks

Banda boa que descobri há pouco tempo, mas muito já tinha ouvido falar. A música,aliás, é uma das melhores do líder Ray Davies. Relata as observações de um homem solitário olhando pela janela o pôr-do-sol da Ponte de Waterloo, em Londres.(Wikipedia tá aqui pra isso).

Melodia agradável de uma das bandas inglesas mais influentes das décadas de 60-70. Rock clássico detona...

Próxima semana, devo postar mais. Não tô muito atualizado com as coisas novas da música. Sigo uma tendência, assim como quando procuro ler livros: Primeiro os clássicos.










Sagas Brasileiras

O brilhante compositor e violeiro paraibano Vital Farias( apelidado por seus companheiros de cantoria, Xangai, Elomar e Geraldo Azevedo, como "Virias Fatal") foi candidato pelo PSOL na Paraíba. Recebeu cerca de 4 ou 6% dos votos válidos - acredito que pelos admiradores de sua vida e obra. Lembrei dele pelo clima de eleições, mas vou falar de sua obra que achei oportuno comentar.

Aponto 4 célebres músicas do cancioneiro do paraibano encontradas neste "Sagas Brasileiras"(1982,PolyGram):
"Ai,Que Saudade D'ocê" - música mais popular do cantor. Retrata bem o jeito nordestino de falar de amor.
"Sete Cantigas Para Voar" - Verdadeiro achado poético, tanto em letra quanto em poesia. Meu trecho preferido: "Deixe o peixe, deixe o rio, que o rio é um fio de inspiração."
" Saga da Amazônia" - Clássico que aponta as mazelas da floresta amazônica e toda a sua história de desigualdade. Da mesma época da luta de Chico Mendes. "Era uma vez uma floresta na Linha do Equador".
" Saga de Severinim" - Clássica saga que diz respeito a Severinim, um dos tantos retirantes nordestinos que, desprovidos de sua terra para plantar e cultivar, partem para o Sul para padecer em tantas profissões precárias e de risco.

Não tive muita paciência em procurar as músicas de Virias Fatal para disponibilizar em download não. Qualquer coisa procurem no Emule. Pode-se encontrar por lá.



Já que as eleições passaram...

Nada mais coerente do que comentar sobre as eleições neste primeiro turno, não sou analista político contudo vou escrever o que me chamou a atenção:

- RN: Indefinição para o segundo turno entre Vilma e Garibaldi. Diferença de 1% da primeira pro segundo. Resta saber para quem vai os cerca de 0,82% de votos dos candidatos nanicos no restante. Pode ser que os votos brancos e nulos ocorridos também se direcionem a um dos candidatos. Eleição disputadíssima. Lembra os tempos de Dinarte e Aluísio na hora(pelo menos como os antigos diziam).

- Legislatura federal RN: A playboyzada na Câmara - Fábio Faria e Felipe Maia. Pretensamente arautos da renovação no Congresso. Financiados pelo dinheiro e influência dos pais oligarcas. Quero nem imaginar o Congresso Nacional com essas figuras. Pra mim, são dois votos perdidos pro RN. Sério mesmo.

- AL: A crise ética do país trouxe novamente uma velha figura: Fernando Collor de Mello. Justamente na vaga de Heloísa Helena, que ressalvadas críticas à parte, sempre enveredou pelo caminho da seriedade.

- BA: Jacques Wagner, do PT, destrona Paulo Souto(atual governador e afilhado de ACM). No Senado, a situação é a mesma. João Durval,do PDT, vence Rodolfo Tourinho(outro afilhado). Novos tempos na terra de Caymmi (que, cabe salientar, é o Caymmi do bem).

- MA: Chamo especial atenção para este estado no qual morei um ano e meio. A oligarquia mais blindada do país parece dar mostras de cansaço. Roseana,acostumada a números exorbitantes e primeiros turnos fáceis, vai pro segundo turno com Jackson Lago(ex-prefeito de São Luís). Será que o estado mais pobre da nação muda de rumo?

- AP: No estado do Oiapoque, apesar da subida nas pesquisas anteriores de Cristina Silva (ex-quilombola e PSB) não foi possível tirar de José Sarney o cargo no Senado. Dizem os amapenses que, na verdade, não existem 3 senadores no Amapá e sim, 2. O Maranhão é que tem 4.

- CE: Na quebra de braço entre Ciro e Tasso Jereissati deu Ciro mesmo.

- RS: Estado sempre complicado de analisar. Deve ter vitória de Yeda Crusius(PSDB) no segundo turno contra Olívio Dutra(PT). Os eleitores de Germano Rigotto estão mais voltados para o tucanato.

- Presidência: Temido segundo turno. Para quem irão os eleitores de HH e Cristóvam? E o Brasil apreensivo...

sábado, setembro 30, 2006

Meia hora depois de criado o blog, já chegaram comentários de amigos no Messenger, sobre a dupla interpretação do título no endereço da Web: http://pioreaguerra.blogspot.com

Conversa extraída do Messenger:

"Pensei que era uma apologia à baderna"(Comentário de Lineu).

"hehehehehehehehehehehehehehehehehehehe
pode crer
'piore a guerra' é rojão
A guerra já é a guerra
piore a guerra!!!
aí o caba chega: 'omi, isso pra mim é pouco!' (Comentário de Alberto)
'piore!"


Greioso demais. hehe.

sexta-feira, setembro 29, 2006


Mensagem Inicial


Sem partir muito para o que me motivou a fazer este blog, adianto apenas que vem de uma idéia insurgente das muitas noites em claro por que passei nesses últimos dias.Um blog é, basicamente, um retrato de impressões pessoais escritas por determinada pessoa a respeito de determinado tema(esporte,cinema,humor) ou temas em questão. Eu prefiro direcionar minha linha justamente para esta segunda alternativa.
Esperem que no "Pior é a Guerra!!!" pode-se encontrar de tudo que pareça interessante para este humilde narrador relatar.Já que citei o nome do blog, gostaria de explicar o porquê do título. À Primeira vista, "Pior é a Guerra" parece título de blog de humor satírico e inconformista, mas longe disso. Como já tinha dito, ele não tem essa característica.
"Pior é a Guerra" vem de uma história que ocorreu há três anos, em 2003, em determinada festa em Natal. Estava num aniversário de um amigo meu ocorrido à tarde e tinha gastado todo o dinheiro em bebidas e churrasco para ajudar na festa. Por volta de umas 20 hs,no calor da noite, decidimos depois de terminada a carne e as biritas, ir pruma festa relativamente barata(entrada de R$5,00 na época). Decorre que eu (Ygor Brandão.Não tinha me apresentado antes,foi mal) tava numa situação financeira meio ruim, na pindaíba mesmo. Explique-se, o dinheiro de meus pais para pagar as despesas do apartamento em que moro sozinho tinha se acabado no mês e, portanto, tava sem dinheiro para o lazer. Na situação, procurei uma vaquinha com meus amigos pra entrar na festa(irrelevantes R$ 5,00). Só que eles,lisos como eu, tavam sem essa grana, quer dizer, já tinham emprestado pra outro amigo nosso igualmente liso a grana pra tal da festa. No final, tive que voltar pro apartamento pra dormir e, puto em ter que ficar em casa sem fazer nada, confortar-se com o tédio da situação. No meio do caminho pra casa, de carona, um amigo meu disse: - "Omi, ligue não, PIOR É A GUERRA!!!,apesar do liseu".
É. O interessante é que a situação virou referência para outras situações cômicas que envolvessem falta de dinheiro e coisas afim.2006. Ano atual. Surge o "Pior é a Guerra" para apresentar generalidades e não sobre situações consideradas "menos ruins que a guerra". Porque o título então?Tomara que eu seja entendido. "Pior é a Guerra" não se refere às diversas situações incômodas dignas de paródia a que um blog com esse nome poderia relatar, mas sim a uma abordagem otimista das coisas além de mais algumas idéias de aspecto geral.
Analogicamente, para explicar o título, lembro-me da história de como o filme "noir" Chinatown, de 1975, dirigido por Roman Polansky, foi lançado. Na verdade, o projeto do roteiro do filme fora apresentado pelo produtor Robert Evans para os chefões da Paramount Pictures. Quando foi lido o roteiro, os chefões perguntaram: - "Mas que espécie de título é esse se praticamente o filme não tem nada a ver com "Chinatown?" Evans responde: - "Vocês não entendem, "Chinatown" não é especificamente o bairro chinês de Los Angeles, mas sim um estado de espírito. Tem a ver com as angústias psicológicas do protagonista, com a corrupção no sistema,muita coisa." O argumento vingou e o filme virou um clássico.
Na mesma espécie de argumentação, explico que "pior é a guerra" pode expressar uma porção de coisas para se encarar de maneira otimista, apesar de aparentemente ,para o senso comum, se referir a outras coisas que não tragam a mesma perspectiva. É possível que o blog, como se apresenta, venha a tratar sobre coisas de distintas variações de humor e temática.
É,basicamente, um blog sobre tudo. Espero poder atualizar sempre que possível. E espero também não ter levado tão a sério esta mensagem inicial. Formalista demais. Mas com o tempo melhora.
No mais é isso.