segunda-feira, dezembro 03, 2007

Semanário


Retornando às atividades do blog, depois de dias estafantes e pouco cronometrados - acho que dormi além da conta e combinei pessimamente. Sem contar com a falta de inspiração - esta inimiga de sempre para todo blogueiro que não tem de trabalhar sob pressão, como é meu caso, por exemplo.

Pois bem, inauguro isto que poder-se-ia chamar de um "Semanário" - acho que a palavra nem existe, mas permitam-me criar um neologismo.

É algo, digamos assim, sobre as impressões da semana. Ou o que foi mais ou menos relevante pra se tratar sobre ela.

Desta forma, começarei.

Terceiro Mandato


Nunca, de 10 anos pra cá, um estadista latino-americano havia causado tanta discórdia ideológica quanto Hugo Chávez. Os avanços sociais da Venezuela - que, cumpre salientar, cresceram gradualmente nos anos chavistas, não respaldam, por si só, a sua política. As constantes acusações da mídia venezuelana de oposição e da conservadora internacional fazem questão de apontar o caráter truculento de Chávez - o que de todo, não está errado.

O plebiscito ocorrido na Venezuela este domingo passado, que, dentre outras medidas, promovia a reeleição presidencial de caráter vitalício, veio aportar na mídia tupiniquim - em associações supostamente "perigosas" do presidente Lula com o colega venezuelano - nas quais a mídia do Sudeste aponta, com irritante frequência, o perigo de um terceiro mandato para Lula na proposição de sua reforma política.

Balela pura. A imprensa cumpre esse malfadado papel de manipular informações. Não há nada que se incline para um terceiro mandato. O que se quer é o escrutínio público de nosso presidente, que agrade a todos ou não, em perto de oito anos de mandato, não indicou em nada alguma manifestação anti-democrática, que merecesse o temor disfarçado de seus opositores. Alguém encontrou arbitrariedades ideológicas? Então que as prove veementemente. Não as manipule.

Historicamente, me recorda o temor "comunista" de Jango meses antes do Golpe de 64.

A Função Social é um Roubo

Não, não sou eu que afirmo isto. É a Revista Veja, na edição da semana passada, querendo esquecer todo um passado do Estado Democrático de Direito, previsto na Constituição de 1988, destacando, em prol dos ruralistas ( a quem mais, caspita?) a necessidade de continuidade das propriedades improdutivas. Pois é: a função social da propriedade - princípio basilar dos direitos fundamentais emanados da Constituição da República Federativa do Brasil, é um roubo, aos olhos da Veja. Mandem a família Civita e o grupo Marinho promover uma nova reforma da Constituínte, pois sim?

Rebaixado


Corinthiano só presta se sofrer. Não tem outro jeito. Com 9 anos, comecei a torcer pelo Corinthians na final contra o Palmeiras, em 1993. Perdemos. Desde então, nunca mais me separei da mística e da sina dos mosqueteiros. Até estranhei o brasileirão de 98, 99 e 2005 e o mundial de 2000. Não tinha graça pra mim torcer por um time vencedor. Faltava alguma coisa: um quê das minhas memórias de infância, acostumadas com um Corinthians morrendo na praia.

Reencontrei o Timão em 2007 e rememorei tempos de outrora - na época em que eu era católico e pagava promessa pro time do Parque São Jorge ser campeão (sim, já fiz isso). Desta vez, foi parecido , mas o homem que foi menino envelheceu(apud Fernando Pessoa) e já não enxergava com brilho o fanatismo pelo seu time de coração. O que restou, somente, foi uma sensação estranha, a qual não conseguirei descrever neste post, nem como tantos outros corinthianos Brasil afora. O consolo que resta é acompanhar o timão aqui por Natal mesmo - torcendo a favor, contra o ABC e contra, num duelo contra o Mecão (meu time de coração por aqui).


Evoé, série B à vista.


Álbuns da semana

Por fim, a ressurreição de um post esquecido há tempos. Desta vez, destacando álbuns que escutei na semana.
Semana esta do Carnatal - carnaval fora de época da cidade que não presenciei, aliás, não presencio há tempos. Não tenho nada contra a festividade - pelo contrário, acho até um meio válido de escapismo e curtição desenfreada. Mas nos 4 dias desse evento, fiquei em casa e escutei estes albuns, bem mais agradáveis aos ouvidos do que os "u-lê-lê-lês" e os "ae-ae-aôs" :


London Calling - The Clash

Músicas de revolta("Hateful", "London Calling" e "Death or Glory"), memorialistas ( "Spanish Bombs"), Flerte com rockabilly("Brand New Cadillacs"), jazz ( "Jimmy Jazz"), reggae ( "Rudie Can't Fall" e "The Guns of Brixton"). E todo o mais ingrediente necessário para escutar a sempre mais original e envolvente banda punk da história.

Cartola(1976) - Cartola

"As Rosas Não Falam" é o carro chefe. Mas a redescoberta de Cartola após anos de ostracismo recompensaram-no com discos brilhantes como este de 1976. Tem mais música, é claro:"O Mundo é um Moinho", "Minha", "Sala de Recepção", "Senhora Tentação", "Cordas de Aço". Acompanhadas com cerveja, peixe frito e uma roda de amigos então, é uma beleza.

Fables of Reconstruction- REM


Afirmo que a banda de Michael Stipe, Mike Mills e cia. é o melhor grupo dos anos 80. A regularidade das músicas nessa fase áurea muito antes, ainda, dos também bons álbuns "Out of Time( da malhada "Losing My Religion") e "Automatic For The People", da fase noventista. "Fables of Reconstruction" , de 1985, é o melhor álbum da fase já citada, destaquem-se "Felling Gravity's Pull", "Maps And Legends", "Driver 8", "Life and How to Live It", "Can't Get There from Here" e "Kohoutek", além da brilhante "Green Grow The Rushes".

Mata Virgem - Raul Seixas


"Você é um pé de planta que só dá no interior",trecho da música homônima a este álbum de 1978. Raulzito sempre foi versátil. Da sua veia roqueira, despertam ainda o resgate regionalista de "Mata Virgem", o misticismo de "As Profecias", o brega-cult de "Planos de Papel", o pop abaionado de "Pagando Brabo", dentre outras variedades. É um álbum de minhas recordações de infância, durante as prolongadas viagens pelo interior do RN.


Encerro, por fim, e boa semana a todos.



segunda-feira, outubro 22, 2007

Blog do Eu Sozinho

O Google Analytics, ferramenta da qual me utilizo para notar o nível de frequência de visitas que fazem ao "Pior é a Guerra!!!", destacou uma coisa curiosa esse fim de semana.

Clique na imagem pra ampliar

0(zero) visitas de sexta a domingo. É como algum daqueles candidatos a vereador que não recebem voto nem da mãe,tá ligado? (minha mãe não acessa meu blog, de fato...hehe,mas...)

O pior é que no longo período de setembro e outubro que fiquei sem postar, não ficava no zero. Tinha ao menos uns 4 gatos pingados todo dia pra marcar presença.

Acho que o macete é deixar no abandono mesmo. :P

quinta-feira, outubro 18, 2007

O Homem que Desafiou o Diabo (2)

Como todo bom filme deve ser coeso, não dá pra apontar em cenas isoladas de "O Homem que Desafiou o Diabo" um requisito pra merecer toda a obra.

Mas devo ter exagerado em algumas coisas. Na verdade, a cena em que aparece Hélder Vasconcelos - ex-integrante da banda pernambucana Mestre Ambrósio, no papel do Cão Miúdo, vale pela gestualidade folclórica com que o sujeito encarna o coisa ruim.




Lembro de dois shows de Mestre Ambrósio que presenciei em um só final de semana de 2001, em São Luís-MA, em que Hélder encarnava uma velha, conhecida pela tradição popular, como "Usina". "Usina" é a música homônima do grupo, uma velha que teve dez filhos de uma vez só e, com o passar dos tempos, cada qual padeceu por não ter dado certo na vida.



A performance de Hélder como a velha era fantástica - é pena que não tem registro no YouTube - com uns trapos velhos e com uma corcunda disfarçada, chamava os homens do palco pra dançar por tiração de onda. De certa forma, tem uma imagem da "velha", num desses shows do Mestre Ambrósio já captados.



Saudoso Mestre Ambrósio. Seria bom a sua volta.

quarta-feira, outubro 17, 2007

O Homem que Desafiou o Diabo

"O Homem que Desafiou o Diabo" não vale uma resenha.

Reafirmo: O filme "O Homem que Desafiou o Diabo", do diretor caça-níqueis Moacyr Góes, não o excelente "As Pelejas de Ojuara", de Ney Leandro de Castro.

"O Homem que Desafiou o Diabo" não vale uma cocada. Melhor, no vernáculo potiguar,"O Homem que Desafiou o Diabo" não vale o cú que o piriquito roa. Perdi dinheiro. Perdi tempo. Duas horas intermináveis de bobagem explícita, de má montagem, de má edição.

E não é querendo desagradar os conterrâneos fanáticos, que há muito não viam a produção de um filme todo feito por aqui. A impressão que dá é que a gente retrocedeu em matéria de bons filmes nacionais de temática regional. Mas não, não é verdade, temos "Auto da Compadecida", "Narradores de Javé", "Lisbela e o Prisioneiro", "O Céu de Suely". Conclusão: deve ser ruindade de Moacyr Góes mesmo. Nem com tanto investimento o homem faz um filme que preste (vide bobagens como "Dom" e aqueles filmes da Xuxa). Imagine um filme desses feito por Guel Arraes. Melhor,né?

Já "As Pelejas de Ojuara", o livro que rendeu essa "bomba", é fantástico. Fruto de uma revigoração da linguagem de cordel, escrito em 1982, Ney Leandro de Castro conseguiu elogios infindáveis de Carlos Drummond de Andrade e tantos outros entusiastas da literatura. O livro, sim, traduz um épico sertanejo. A sexualidade soa mais fluente e sem retoques. As aventuras tem uma continuidade e um ritmo compassado, o que não se vê nesse "O Homem que Desafiou o Diabo". A história flui sem sentido nenhum, sem explicação lógica, sem razão aparente. E o personagem Ojuara, do livro, tem vida própria, mas que ficou prejudicado no filme pela má condução de personagem e de suas histórias, o que é uma pena, vide o bom esforço de Marcos Palmeira.

As locações do filme são belíssimas: Acari, Carnaúba dos Dantas, boa parte do litoral natalense. Mas acho que é só. O filme, pra não deixar de criticar novamente, parece um carro alegórico sem rumo.

Mas quem quiser ver que veja, eu leria o livro. :)


Lançamento de livro de João Paulo Cuenca na Limbo Livros Selecionados

Esta notícia está sendo veiculada, até onde eu saiba, no site Jovens Escribas e no perfil da Limbo Livros Selecionados.

Vale a pena conferir o lançamento do livro. Não é todo dia que tem-se a oportunidade de vermos o lançamento do livro de um dos melhores escritores brasileiros da atualidade.




JOÃO PAULO CUENCA LANÇA LIVRO EM NATAL

O escritor carioca João Paulo Cuenca que vem ao Rio Grande do Norte para participar da Feira do Livro de Mossoró, lançará seu novo romance em Natal na próxima sexta-feira, dia 19.

O lançamento será na Limbo Livros Selecionados, Afonso Pena 666, a partir das 19h de sexta.

João Paulo Cuenca é autor do romance “Corpo Presente” e participou das coletâneas “Paraty para mim” e “Prosas Cariocas”. Já foi elogiado por grandes escritores como Chico Buarque, Marcelino Freire, Marçal Aquino, entre outros, e escolhido em 2007 pelo Festival de Bogotá como um dos 39 autores latino-americanos mais destacados com menos de 39 anos.

Em Natal e Mossoró estará lançando o seu novo livro “O dia de Mastroianni”, um irônico “romance de geração”.

Aniversário

Só pra constar: O blog fez aniversário dia 29 de setembro último. Não que isso queira dizer muita coisa. Mas pra não deixar batido....

Vou postar o link do "ABC do Preguiçoso", em homenagem aos pouco mais de 60 posts que publiquei em um ano.

O download é do CD "Cantoria 1", com Xangai, Elomar, Geraldo Azevedo e Vital Farias.

É isso.



Abaixo, a letra da música:

Marido se alevanta e vai armá um mundé
Prá pegá uma paca gorda prá nóis fazê um sarapaté
Aroeira é pau pesado num é minha véia
Cai e machuca meu pé e ai d´eu sodade

Marido se alevanta e vai na casa da sua avó buscá
A ispingarda dela procê caçá um mocó
E que no lajedo tem cobra braba num é minha véia
Me pica e fica pió e ai deu sodade

Entonce marido se alevanta e caçá uma siriema
Nóis come a carne dela e faiz uma bassora das pena
Ai quem dera tá agora num é minha véia
Nos braço de uma roxa morena e ai d´eu sodade

Sujeito te alevanta e vai na venda do venderão
Comprá uma carne gorda prá nois fazê um pirão
É que eu num tenho mais dinheiro num é minha véia
Fiado num compro não e ai d´eu sodade

Entonce marido se alevanta e vai na venda do venderim
Comprá deiz metro de chita prá fazê rôpa pros nossos fiim
Ai dentro tem um colchão véio num é minha véia
Desmancha e faiz umas carça prá mim e ai d´eu sodade

Disgramado se alevanta e deixa de ser preguiçoso
O homi que num trabáia num pode cumê gostoso
É que trabáia é muito bom num é minha véia
Mas é um pouco arriscoso e ai d´eu sodade

Entonce marido se alevanta e vem tomá um mingau
Que é prá criá sustança prá nóis fazê um calamengal
Brincadêra de manhã cedo num é minha véia
Arrisca quebrá o pau e ai d´eu sodade

Marido seu disgraçado tu ai de morrê
Cachorro ai de ti lati e urubu ai de ti cumê
Se eu subesse disso tudo num minha véia
Eu num casava cum ocê e ai deu sodade

terça-feira, outubro 16, 2007

Rir ainda é um bom remédio

Vasculhando no You Tube por vídeos do grupo britânico de humor Monty Python, deparei-me com este vídeo, de 1989, do funeral do saudoso Graham Chapman ( o Rei Arthur de "Em Busca do Cálice Sagrado" e tantos outros personagens).



A extroversão dos parceiros de grupo, amenizando a dor da morte do amigo em tiradas cômicas, é um momento singelo e para aqueles que sempre se acostumaram com o brilhantismo e timing cômico do grupo - um deleite. Por que não superar o sentimento de perda com algo positivo? Certamente isto eles fazem bem neste emocionante vídeo de adeus.

Fico pensando quando um dos nossos ilustres humoristas mais velhos - Chico Anysio e Renato Aragão,velhas figuras tristes e aquém do brilhantismo de outrora, partisse desta pra melhor. Certamente, não teriam uma homenagem corajosa dessas pra posteridade. Passariam sim, por uma infinidade de pieguices arquitetadas por Xuxa, Faustão e cia. Teriam um funeral exibido ao vivo, com toda formalidade de praxe,mas sem a referência lúdica aos tipos que viveram na fase áurea de suas carreiras.

Nem uma homenagem sacana, o que seria uma pena.

Até pra ver quão desrespeitosos nós seríamos,né isso?

Keep Always looking at the bright side of life.

O impacto de Tropa de Elite


A minha primeira impressão, após terminar de ver o sensacional "Tropa de Elite", de José Padilha, foi a de um impacto que nunca cheguei a experimentar em nenhuma outra produção nacional das poucas que tive oportunidade de assistir.

A cultura nacional certamente lembrará de 2007 como o ano em que veio à tona um terreno nunca dantes navegado, entre o limiar da sobrevivência nos morros - retratado com muita franqueza pela figura dos atiradores do BOPE - numa seara antes abordada apenas por uma visão esquerdista tendente a tratar a violência como resultado de política social mal planejada, humanizando a figura do bandido dos morros - fruto desse caótico sistema de poucas oportunidades.

É claro que a visão da esquerda revigora, em parte, e não deve ser desmerecida. Porém, o que se vê em "Tropa" é justamente a preocupação imediatista de enfrentar a situação de violência de uma vez, e não esperando por um lampejo de benevolência do Estado Social para um planejamento a longo prazo. Daí, vigora a importância de se retratar o Estado de repressão - encarnado com autoridade pelo BOPE e por Capitão Nascimento, um homem no limiar entre a ética e o instinto de sobrevivência frente ao agonizante Morro do Turano, no Rio de Janeiro.

O tapa na cara, como muitos observaram, vem na endemia do sistema tráfico (banditismo do morro) - consumidor final (classe média carioca). A "consciência social" dos traficantes, tolamente interpretado pelos colegas do "aspira" André, nada mais mostrou do que um quarto poder subreptício e nocivo à paz social nos morros (já mostrado em 'Cidade de Deus") que a visão policial fez ainda mais questão de destronar, numa visão crua dos embates e táticas de guerra utilizados.

Num retrato humano dos três personagens principais - Capitão Nascimento(o contundente Wagner Moura), Aspirante André ( o surpreendente André Ramiro) e Aspirante Neto ( o inspirado Caio Junqueira), nada se faz mais coerente do que explanar o processo de brutalização pelo que os dois últimos passaram e pelo resultado final encarnado no primeiro.

O processo de brutalização é coerente e, pior, justificável, na medida em que observamos a situação de guerrilha urbana e na pouca esperança que se é dada numa corrupção policial endêmica e no descaso das autoridades federal e estadual.

Não é que se queira justificar a violência por si, mas um meio recorrente de práticas desumanas, impostas pelos policiais, encarna o instinto primitivo evidente nas corporações de elite, a qual, infelizmente, não se enxerga outra alternativa viável por ora para entornar a situação.

De certa forma, esse filme enseja um debate profícuo que não cabe, por si só, em um singelo post.

Digo uma coisa pra quem não viu: é um filmaço!!! E não aconselho assistir ao filme sob a ótica de uma visão canhestra e esquerdóide. É a realidade máxima que já se pôde verificar em uma obra de "ficção" (se é que se pode se chamar de ficção) nacional. E não se surpreenda em torcer mesmo pelas práticas de tortura do Capitão Nascimento. É justamente o que o filme pôe em cheque para o espectador, na análise da frase prefacial da película: "a situação é mais importante que o caráter ao determinar as ações de um indivíduo".

Nada mais oportuno para nós, sociedade, levar a debate este filme como forma de auto-aprendizado.

E só como uma frase final, pra relembrar o nome deste blog, digo que, sim, pior é a guerra. É neste caldeirão que nos enfiamos e estamos atolados até o pescoço.

Saudações. E agora sim,voltei.






segunda-feira, setembro 10, 2007

Auto-análise

Dia 29 de setembro próximo fará um ano que o Pior é a Guerra começou.
Não que isso fosse motivo pra comemoração de algo genial, é claro.
Não é a comemoração do centenário de Niemeyer ou dos 40 anos do Sgt. Pepper's dos Beatles.
Aliás, nem é comemoração.
É uma auto-análise.
Pronto: falei!!
É uma auto-análise.
Uma incursão auto-depreciativa sobre os rumos pelos quais vem levando este blog.
E negligenciado também.
50 e poucas postagens em um ano é um ritmo fraco.
Em três meses de existência, muito blog virou cult e popularizou-se.
Esse aqui ficou às moscas por muito tempo.
O período mais infértil foi de janeiro a março de 2007.
Dava sinais de que eu abandonaria o barco de vez.
Junho de 2007 voltei com um pouco de gás.
Ficou num marasmo eterno depois.
Voltou agora,como vêem.
E na base do improviso.
Desde a primeira postagem, não expliquei direito ao que veio.
Muita gente se indagou o porquê da guerra.
Se era um blog sobre absolutamente tudo...
Tudo, menos a guerra.
A guerra foi um assunto pouco constante no blog.
Na verdade, indecifrável nas subliminariedades de cada post.
Mas ainda estava lá.
Absorta em reflexões despretensiosas.
Como esta frase de cima, por exemplo.
Bastante despretensiosa.....
A guerra deste blog tem feições humanas.
Não de conflito externo.
Mas interno.
Aquele que se esgueira nas torrentes da solidão.
Vocês sabem do que estou falando.
Não é a solidão física.
Mas a de espírito.
Esta companheira de sempre.
Esta inimiga de sempre.
Transtorna ou satisfaz, conforme utilizada.
Tal como aos Buendías de Macondo.
Ou ao estrangeiro de Camus.
Um espírito criador.
Imaturo, porém verdadeiro.
Abre as portas da percepção.
E traz um retorno a si mesmo.
É a guerra.
O conflito interno.
Tal qual faço nesta auto-análise.
Que, por sinal, se estendeu como que por improviso.
Como por sorte numa noite despretensiosa.
Tal qual hoje.
Hum...
Como faço pra acabar esta merda,hein?
Pior é a Guerra!!!

domingo, agosto 12, 2007

Uma semana para a volta.

A razão da minha ausência nesses últimos e longos dias tem sido a bateria de estudos para a OAB. Como a prova é dia 19 de agosto, a aprtir daí, terei mais tempo pra dispor algo neste blog, que tem devido e muito em matéria de postagens, eu sei, dêem uma trégua pra mim.

Manter um blog é difícil demais pra quem não vive só disso. Pergunte ao cara do KibeLoco se ele tem alguma função importante a cumprir além de ficar copiando idéia dos outros pela internet...

19 ou 20 de agosto é o dia de uma das tantas voltas do "Pior é a Guerra". Desculpe-me pelo transtorno.

segunda-feira, julho 16, 2007

Tremei, Hermanos!!!



Como o dia é mais ou menos esportivo para este blog, não se pode deixar de citar a terceira bifa seguida, levada pelo arrogante povo daquele país situado abaixo do Trópico de Capricórnio, limítrofe com o Chile, o Uruguai, Ciudad Del Este e Foz do Iguaçu.

Desde o início, já imaginava uma provável vitória da mística amarelinha sobre a pretensa superioridade argentina, sustentada por Messi, Riquelme, Veron e Tevez.

Prognósticos antes do início do jogo? "Ah, o Brasil vai levar uma surra fácil: 3x0, 3x1".

Findou no inesperado (para muitos brasileiros e argentinos) 3x0, com gols do humilde Júlio Baptista, do "formidável"(deles) zagueiro Ayala e de um bem postado Daniel Alves, com um passe inspirado de um Vágner Love pouco eficiente durante toda a Copa América.

A conclusão é: não somos nós a temer os argentinos e sim, o contrário. Sempre soube disso, e essa final de Copa América só serviu pra acentuar essa opinião.

Ganhar eles ganham só na Bombonera ( e com a ajuda de Maradona na arquibancada).

De resto, parecem uns eternos patinhos.


Agonia Vermelha



Está acertado o seguinte.

A cada dia seguinte a um jogo do Mecão, serão publicadas postagens desta série criada no dia de hoje, intitulada como "Agonia Vermelha".

Servirá para marcar uma linha demarcatória, a partir de agora até o último jogo do América no campeonato(espero até lá já não ter passado pela agrura do rebaixamento).

Esta linha demarcatória servirá para coletar impressões do glorioso Dragão e de sua torcida e até aonde chegaremos na Série A (que por ora, tá mais inclinada pra B).

O pesado fardo da profissão de torcedor americano adquiriu um certo tom lírico diante da provável ameaça de rebaixamento. Este blogueiro sentiu os brios ferverem no último sábado, ao lado de cerca de 14.000 pessoas, num Machadão ocupado pela metade. Confesso que a tremulação da bandeira americana com a do estado do Rio Grande do Norte (esta a qual hasteei no intervalo do jogo)me fez sentir mais torcedor do que nunca, numa percepção extraordinária, que me fazia vibrar e sofrer junto aos demais presentes.

A alegria do primeiro tempo contrastou com a tristeza do segundo, no qual um América apático se entregava no jogo ao atual campeão mundial: O Internacional de Porto Alegre. Em questão de poucos minutos, a euforia cedeu lugar à consternação de mais uma derrota em casa e - só derrota,amigo, é duro de suportar.

Parecia que o América jogava fácil (só parecia)e sentimos, diante da fragilidade da zaga, apesar do 3-5-2 bem arquitetado por Marcelo Veiga, a falta de objetividade de nosso time e a limitação de muitos de nossos jogadores, guardadas, em boas exceções, por três grandes figuras: o baixinho Arlon, o conterrâneo Souza e o paredão Renan(este último nos poupando de levar uns dois gols a mais).

Mas como três andorinhas apenas não fazem verão, tivemos que segurar mais uma vez esse bagre. Um terço das derrotas sofridas pelo América se deu em casa, num percentual lastimável de 100% - o que nos faz entrar em descrédito e desolação diante das intenções alvi-rubras no campeonato.

A gozação da torcida abecedista, que respira um ar mais turbulento com cheiro de Série C e Frasqueirão, diante de um resultado de 4x1 sobre o obscuro Vera Cruz de Pernambuco, serviu pra acirrar ainda mais os ãnimos das duas torcidas da cidade.

Não defendo, inclusive, a pretensa rivalidade. Acho louvável, até, uma possível união em prol de um bem maior: o futebol do nosso estado. Ou vocês pensam que, em Pernambuco, Rio Grande do Sul, Ceará, Minas Gerais e alguns outros estados da nação há a torcida contrária ao time rival para uma derrocada ainda maior? Penso que não. Apesar de não quererem demonstrar a torcida pelo time rival, não é verdade que queiram provocar a sua derrocada, até porque não é saudável para o futebol do estado representante e nem para a própria qualidade dos confrontos nos estaduais.

Pois bem, o próximo confronto será contra o Atlético-MG, na quarta, time este sobre o qual tivemos uma de nossas batalhas mais épicas, culminando num 2x2, em pleno Mineirão lotado, no ano passado, e que garantiu a vaga para a Série A deste ano.

Próxima quinta, teremos mais um "Agonia Vermelha", e algumas considerações sobre as circunstâncias do jogo e da situação do América, na ótica deste torcedor. Quando me couber, num momento oportuno(ou inoportuno), falarei do ABC também.

Até.





quinta-feira, julho 12, 2007

Sexta Feira 13 (2)

Continuando as postagens do dia, Sexta-Feira 13 contará com o ilustríssimo Dia Mundial do Rock.

Daí a viagem pra João Pessoa empreendida por este blogueiro para amanhã, a acompanhar um Festival de Rock no centro histórico da capital paraibana, com a presença dos Bonnies - amigos e figuras tão citadas neste blog que vou começar a cobrar royalties pelas várias inclusões da banda dos 4 galados.

Numa homenagem ao histórico dia, dedico aqui uma lista de 50 bandas e álbuns para livre escuta pro dia de amanhã. Não cito o link por falta de paciência, mas vamos lá.


1- Beatles(todos os álbuns)
2- Rolling Stones (Their Satanic Majesties Request e álbuns 70-60)
3- Led Zepellin (Led Zepellin IV e The Song Remains The Same - coletânea)
4 - The Who (Live At Leeds, Who's Next e The Who Sings My Generation)
5- Pink Floyd ( The Dark Side Of The Moon e Animals)
6- The Clash (London Calling e Sandinista!)
7 - Ramones ( Rocket To Russia)
8 - Elvis Presley (qualquer coletânea é bem vinda)
9 - Bob Dylan (coletâneas de Bob também são bem vindas)
10- Jimi Hendrix Experience (Electric Ladyland e Are You Experienced?)
11- Dire Straits (Alchemy)
12- Chuck Berry (alguma coletânea)
13- Beach Boys (Pet Sounds)
14 -David Bowie ( The Rise And Fall of Ziggy Stardust)
15 - Radiohead (OK Computer e The Bends)
16 - Cream (Fresh Cream)
17- Raul Seixas (Eu Nasci Há 10 mil Anos Atrás e Gita)
18 - Mutantes (Todos da década de 60-70 com Rita Lee)
19 - Roberto Carlos (discografia 60, porque não?)
20 - Blur (Coletânea The Best Of Blur)
21 - The Kinks ( The Village Green Preservation Society)
22 - Pixies ( Surfer Rosa)
23 - Nirvana (Nevermind)
24 - Pearl Jam (Ten)
25 - Smashing Pumpkins( Mellon Collie And The Infinite Sadness)
26 - The Strokes (Is This It?)
27 - The Libertines (The Libertines)
28 - U2 (October)
29 - Joy Division (Substance)
30 - Chico Science e Nação Zumbi (Da Lama Ao Caos, do Caos à Lama)
31 - Nação Zumbi ( pra não dizer q a banda morreu junto com Chico Science, evoluiu até!)
32 - Van Halen - (1984: o que tem "JUMP"!)
33 - The Animals (alguma coletânea é bem vinda: não recordo por hora)
34 - Buddy Holly (coletânea desse precursor do rock nos anos 50)
35 - Black Sabbath (Todos com Ozzy)
36 - Deep Purple (todos com Ian Gillian)
37 - Yes (The Yes Album e Fragile)
38 - IRA! (algum álbum dos anos 80)
39 - Paralamas do Sucesso (Selvagem?)
40 - AC/DC (Back In Black, Jailbreak e Highway To Hell)
41 - Wolfmother (Wolfmother)
42 - King Crissom ( uma boa pedida, apesar de eu não conhecer muito...)
43 - R.E.M (The Best of REM 1 e 2)
44 - Velvet Underground (Velvet Underground and Nico)
45 - Rush (alguma coletânea que tenha Tom Sawyer)
46 - Jethro Tull (Aqualung)
46 - Queens Of The Stone Age (qualquer álbum pra conhecer essa banda recente)
47 - Metallica ( The Black Album)
48 - The Stooges (The Stooges)
49 - The Doors (qualquer álbum)
50 - Janis Joplin (qualquer álbum)


Estes foram alguns do músicos e bandas e álbuns que fui lembrando, não é algo definitivo a ser seguido, muita coisa com certeza foi esquecida, mas pelo menos tem-se um referencial.

Long Live to Rock!

Sexta Feira 13 (1)

Antecipo a postagem desse blog um dia antes da sexta-feira 13, porque no mesmo dia 13(amanhã) estarei de viagem pra João Pessoa,portanto, sem tempo para escrever no dia de amanhã.

Aproveitando um raro momento de inspiração neste tortuoso mês de julho, transcrevo abaixo uma poesia de Álvares de Azevedo: trágico literato do séc. XIX em pleno Brasil imperial, bêbado, imberbe, cabaço, liso e derrotado. Eis aqui o motivo da "desgraça" de Álvares de Azevedo, este seguidor de Byron.

Um belo ilustrativo pra uma sexta-feira 13 memorável.

MINHA DESGRAÇA

Álvares de Azevedo



Minha desgraça não é ser poeta,
Nem na terra de amor não ter um eco...
E, meu anjo de Deus, o meu planeta
Tratar-me como trata-se um boneco...

Não é andar de cotovelos rotos,
Ter duro como pedra o travesseiro...
Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido
cujo sol (quem mo dera) é o dinheiro...

Minha desgraça, ó cândida donzela,
O que faz que meu peito assim blasfema,
É ter por escrever todo um poema
E não ter um vintém para uma vela.

Mais embaixo, uma bela reflexão sobre os momentos finais da vida,por Raul dos Santos Seixas, o ilustre roqueiro baiano, trazida no álbum "Há Dez Mil Anos Atrás". Música intitulada "Canto Para a Minha Morte".


Canto Para Minha Morte
Composição: Raul Seixas e Paulo Coelho

Eu sei que determinada rua que eu já passei,
Não tornará a ouvir o som dos meus passos
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela ultima vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar

Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?

Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida?
Existem tantas... um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto
A anestesia mal aplicada.
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...

Oh morte, tu que es tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida.


Meus votos pelas mais sinceras impressões negativas nesta, digamos assim, sexta-feira da desgraça.


Esse lobo com cara de javali(ou o contrário) na foto abaixo deve ter alguma parte com o cão, por isso decidi ilustrar este post com tão bizarra figura.



No mais, é isso.

domingo, julho 01, 2007

Músicas do Blog - que fizeram a cabeça deste narrador essa semana (2)

Novo post das músicas do blog.

Dessa vez é jogo rápido. E sem explicações extensas.

1- Don't Let Me Down - Beatles

Música-tema das noites friorentas da cidade do Natal, na última semana do mês de junho.


2- Fearies Wears Booths - Black Sabbath

O riff de guitarra inicial é fuderoso. Black Sabbath, nos bons tempos de Ozzy.



3- Hang On To Your Ego - Beach Boys

Visitando Beach Boys essa semana e constatando a beleza harmônica e melódica de suas músicas.


4- Loteria da Babilônia - Raul Seixas

Música inspiradora para novos rumos após a faculdade de Direito, terminada exatamente nesta semana.



5 - Peito Vazio - Cartola


Encerrando com uma das mais belas músicas do sambista carioca, natural do Morro da Mangueira.

sábado, junho 16, 2007

Músicas do Blog - que fizeram a cabeça deste narrador essa semana

Resolvi dar continuidade a essa sessão que ficou meio esquecida nos porões dos antigos posts lançados ano passado.
A sessão será lançada todo sábado, a recomeçar por hoje.

Vamos lá,então:


1- Sheep - Pink Floyd

Derivada do fabuloso "Animals", de 1976, é a terceira música das quatro contidas no álbum.
É uma referência à Revolução dos Bichos, de George Orwell: crítica feroz ao comunismo, disfarçado na figura dos porcos (Pigs)autoritários, corruptos e burocratas; na figura dos cães(Dogs), meros instrumentos de repressão do governo, e, na das ovelhas(Sheep), o povo oprimido e manipulado.
Claro que, se eu quisesse, apontaria todas as três principais músicas desse álbum, mas como "Sheep" tem um memorável e instigante solo de guitarra no final, preferi guardar esta para o meu arquivo de pink Floyd.



Animals, Pink Floyd, de 1976

2- Body And Soul - Chet Baker

O jazz marca presença com um clássico interpretado e executado por Chet Baker, um dos maiores ícones do bebop e uma das mais trágicas figuras do universo jazzístico estadunidense.



3- Bargain - The Who

Célebre música do "Who's Next" que demonstra o peso e a criatividade musical de Pete Townshend, Keith Moon e companhia.
Uma bela junção dos instrumentos do rock em um de seus melhores momento, certamente.



4- Bajo Un Palmar - Omara Portuondo e Pio Leyva

A música cubana e o Buena Vista têm aparecido durante as horas de escuta deste narrador. Ouça "Bajo Un Palmar" deitado na rede em um coqueiro, apreciando a bela vista da praia.



5- Clube da Esquina 1 - Mílton Nascimento

A música brasileira aparece nesta seção com este belo exemplar da boa MPB dos anos 70, no auge da criatividade de Mílton Nascimento e seus companheiros do Clube da Esquina.

segunda-feira, junho 11, 2007

Bienal do Livro em Natal

Sábado foi o último dia da incipiente Bienal do Livro na cidade do Natal.

Digo incipiente por dois motivos: a pouca amplitude e estrutura que deram a esse evento e o notado desinteresse do público.

Está certo que a falta de hábito da leitura no Brasil se deve, em boa parte, à mediocrização do público médio entregue a meios de comunicação rasteiros e aculturados, além, obviamente (e isso se deve à nossa enorme carga tributária) do alto preço dos livros em comercialização por aqui.

Uma vergonha nacional, se formos comparar com os nossos vizinhos mais próximos: Chile, Argentina e Uruguai.

Críticas à parte, compareci, junto com o amigo Benício, no sábado para um assunto de interesse pessoal: A literatura no universo dos Blogs.

Ocorreu palestra do escritor pernambucano radicado em São Paulo Marcelino Freire e do jovem escritor potiguar Patrício Júnior.

Dizia respeito à possibilidade de divulgação do trabalho literário a nivel de internet, notadamente por via dos sites pessoais (blogs)difundidores da liberdade artística e independentes da veiculação da grande mídia para se promover.

Importante destacar essa independência adquirida de uns 5 anos pra cá, do público leitor de internet, em relação aos grandes meios de circulação. Prova disso é a força que o meio virtual proporciona a cada dia, com a rápida e eficiente informação.

Fica à parte, também, pelo que apreendi da palestra, uma menção de Marcelino Freire sobre o público,que contabilizava umas 25 pessoas no máximo, na palestra:
Para mim não importa se estou falando pra três, vinte, trinta, 6 mil pessoas como em uma Bienal que compareci. O importante é sentir o interesse do público leitor, independente de sua quantidade, para fazer me sentir bem com o meu trabalho.

É isso mesmo o que eu teria a dizer pra vocês, caros leitores, não escondo a minha satisfação em divulgar o meu trabalho para um público pequeno, porém cativo, que dão credibilidade(se bem que pequena,hehe) ao meu singelo blog. Quanto a isso, muito obrigado a todos vocês, ilustríssimos gatos pingados.

:D

Indagações à parte, Segue link para os blogs de Marcelino Freire: O eraOdito o de Patrício Júnior, intitulado Plog

Tá dado o recado.

No mais,é isso.

segunda-feira, junho 04, 2007

23

O número 23 é simbólico em muitas referências atuais , científicas e de conhecimento antigo.

O 23 está presente na sequência dos números malditos de Lost: 4 8 15 16 23 42

23 foi o número de grandes mestres da ordem dos cavaleiros templários.

Júlio César foi apunhalado 23 vezes quando assassinado.

O salmo mais famoso da Bíblia, aquele do "o senhor é meu pastor..." é o de nº 23.

Em Matrix Reloaded, o Arquiteto pede a Neo que escolha 23 indivíduos para reconstruir Zion - 16 fêmeas e 7 homens.

As células somáticas dos humanos têm 23 pares de cromossomos.

23 é o nome de um filme lançado esse ano, com Jim Carrey e Joel Schumacher.



OK.Mas...

O que isso quer significar?

Porra nenhuma!!!

Apenas quero justificar meu aniversário de hoje, eu, nascido a 04 de junho de 1984,com 23 anos de idade.

Apenas fiz essa deixa pra citar no meu blog.






Para celebrar: um prato de pudim e uma garrafa de cana.

Abraços pro amigo Danniel(ex-Angrychair), celebrante desta mesma data e assíduo frequentador do blog, completando hoje 28 anos.

Pior é a Guerra!!!!

domingo, junho 03, 2007

O Amor segundo Bob Dylan

O gênio de Bob Dylan provocou grandes reações à cultura nos anos 60.

Um estadunidense branco, inspirado na melancolia do blues e na temática sonora do folk.

Suas canções transmitem a tristeza e a solidão de cada um: o cotidiano suburbano e rural da gente simples, anônima, melancólica.

As canções trazem, na mesma proporção, inconformismo e protesto, evidenciado no contexto do movimento dos direitos civis.

Este blog, hoje, homenageia um gênio.

Segue, abaixo, tradução livre de uma belíssima canção: Love Minus Zero/No Limit, uma balada do amor segundo a espontaneidade e a livre expressão manifesta.

No mais, é isso.














Love Minus Zero/No Limit
(Bob Dylan)

My love she speaks like silence, Meu amor fala como o silêncio,
Without ideals or violence, Sem ideais ou violência,
She doesn't have to say she's faithful, Ela não precisa dizer que é fiel,
Yet she's true, like ice, like fire. É leal, como gelo, como fogo.
People carry roses, Pessoas carregam rosas,
Make promises by the hours, Fazem promessas por meio das horas,
My love she laughs like the flowers, Meu amor ri como as flores,
Valentines can't buy her. Não há dia dos namorados que a
corrompa.

In the dime stores and bus stations, Em bancas e estações de ônibus,
People talk of situations, Pessoas falam sobre situações,
Read books, repeat quotations, Lêem livros,repetem citações,
Draw conclusions on the wall. Afirmam conclusões sob o muro.
Some speak of the future, Alguns falam do futuro,
My love she speaks softly, Meu amor fala cuidadosamente,
She knows there's no success like failure Ela sabe que não há sucesso como o fracasso
And that failure's no success at all. E que o fracasso não é realmente sucesso.

The cloak and dagger dangles, O sigilo e o mistério atraem
Madams light the candles. Madames acendem as velas.
In ceremonies of the horsemen, Em cerimônias de cavaleiros,
Even the pawn must hold a grudge. Até mesmo o peão deve guardar seu rancor.
Statues made of match sticks, Estátuas feitas de tacos,
Crumble into one another, fragmentam-se em alguns outros,
My love winks, she does not bother, Meu amor pisca, ela não se incomoda ,
She knows too much to argue or to judge. Ela sabe demais para arguir ou julgar algo.

The bridge at midnight trembles, A ponte na meia-noite estremece,
The country doctor rambles, O médico do campo passeia,
Bankers' nieces seek perfection, Sobrinhas de banqueiros procuram perfeição,
Expecting all the gifts that . Esperando todos os dons que homens de
wise men bring razão trazem.

The wind howls like a hammer, O vento soa como um martelo,
The night blows cold and rainy, A noite sopra fria e chuvosa,
My love she's like some raven Meu amor é como algum corvo,
At my window with a broken wing. na minha janela com uma asa quebrada.

sexta-feira, junho 01, 2007

40 Anos do Sargento Pimenta



Dia 1º de Junho, do ano de 1967, simboliza um marco para a história do rock, até pela importância e influência com que esse emblemático álbum veio a representar para a música e para todas as gerações que apareceram a partir de 1967.

Trata-se, obviamente, de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos 4 rapazes de Liverpool, que há 40 anos atrás surgia para mexer de vez com as mentes de um período marcado por revoluções culturais, Guerra do Vietnã, dicotomia EUA-URSS, liberação de drogas e sexualidade - enfim, um período rico e determinante para a formação histórica da juventude.

Tão genial que chegou a enlouquecer um homem: Brian Wilson. Explique-se, o excêntrico líder dos Beach Boys havia produzido,meses antes, o genial álbum "Pet Sounds", rico por suas inserções à psicodelia e ao experimentalismo.

A genialidade dos Beatles, porém, veio a estremecer as bases da música com o álbum em questão e demonstrava, com isso, a solidificação de sua maturidade, já evidenciada nos àlbuns "Rubber Soul" e "Revolver", do ano de 1966.

Inicia-se, na faixa 1, com "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", de autoria de Paul McCartney, dando um clima de apresentação teatral e euforia,apresentando a gloriosa banda do Sgto. Pimenta e o seu clube dos corações solitários, além de dar a deixa para um tal Billy Shears, encarnado por Ring Starr.

Ringo (ou Billy Shears) canta,a seguir, em "With a Little Help For My Friends", uma ode ao amor e ao companheirismo.

A psicodelia encarna em "Lucy In The Sky with Diamonds", de Lennon, a música da tal "menina dos olhos de caleidoscópio", uma clara referência conhecida por 99% de qualquer admirador de Beatles, ao LSD.

"Getting Better" surge empolgante e rica por um otimismo bem característico, sentido na riqueza das guitarras e seus riffs.

"Fixing a Hole" segue na linha do álbum.

A belíssima "She's Leaving Home" é baseada em uma história de jornal vista por Paul McCartney de uma certa menina que tinha fugido da casa dos pais. Coube a Paul imaginar, no lirismo da canção, imaginar a fuga da adolescente.

"Being For The Benefit Of Mr. Kite" segue um tom circense já visto na primeira faixa.

"Within You Without You" segue no experimentalismo característico das incursões de George Harrison pela música indiana e o amor místico.

A feliz "When I'm 64" é uma ode ao envelhecimento e o que se esperar 40 anos depois.(como se pôde ver, Paul chegou à idade dos 64 este ano).

Segue "Lovely Rita", uma homenagem à diva do cinema Rita Hayworth.

A alegre "Good Morning Good Morning", de John, segue com o espírito do álbum.

Repete-se "Sgt. Pepper's", numa nova versão.

No fim, a retumbante "A Day In The Life", fruto das memórias de infância de Lennon, notada na beleza harmônica da canção.

Não sou crítico de música e nem pretendo ser, mas não poderia deixar de homenagear esse emblemático álbum.

Parabéns, Sargento Pimenta, e que sua influência ainda seja marcada daqui pra mil anos à frente.

Longa vida aos Fab Four.

terça-feira, maio 29, 2007

O Amor segundo Bob Dylan

My love she speaks like silence, Meu amor fala como o silêncio,
Without ideals or violence, Sem ideais ou violência,
She doesn't have to say she's faithful, Ela não precisa dizer que é fiel,
Yet she's true, like ice, like fire. É leal, como gelo, como fogo.
People carry roses, Pessoas carregam rosas,
Make promises by the hours, Fazem promessas por meio das horas,
My love she laughs like the flowers, Meu amor ri como as flores,
Valentines can't buy her. Não há dia dos namorados que a
corrompa.

In the dime stores and bus stations, Em bancas e estações de ônibus,
People talk of situations, Pessoas falam sobre situações,Até o bobo deve segu
Read books, repeat quotations, Lêem livros,repetem citações,
Draw conclusions on the wall. Afirmam conclusões sob o muro.
Some speak of the future, Alguns falam do futuro,
My love she speaks softly, Meu amor fala cuidadosamente,
She knows there's no success like failure Ela sabe que não há sucesso como o fracasso
And that failure's no success at all. E que o fracasso não é realmente sucesso.

The cloak and dagger dangles, O sigilo e o mistério atraem
Madams light the candles. Madames acendem as velas.
In ceremonies of the horsemen, Em cerimônias de cavaleiros,
Even the pawn must hold a grudge. Até mesmo o peão deve guardar seu rancor.
Statues made of match sticks, Estátuas feitas
Crumble into one another,
My love winks, she does not bother,
She knows too much to argue or to judge.

The bridge at midnight trembles,
The country doctor rambles,
Bankers' nieces seek perfection,
Expecting all the gifts that wise men bring.
The wind howls like a hammer,
The night blows cold and rainy,
My love she's like some raven
At my window with a broken wing.

segunda-feira, maio 28, 2007

Comentário a respeito de Chávez e da RC TV

Grande parte da mídia latino-americana e estadunidense está em polvorosa diante do fechamento da RC TV - uma espécie de Globo venezuelana, pelo governo chavista.

Como a maior parte das informações que chegam ao Brasil são a da defesa pela liberdade de expressão, sem de fato chegar ao porquê do fim da concessão à RC TV( que, cabe reiterar, financiou o violento movimento golpista empreendido contra um presidente eleito por força popular, em 2002), me incumbi da função de trazer à tona um artigo jornalístico defendendo,sim, a inatividade do canal privado de televisão.

Só antecipo que trata da defesa dos princípios da soberania nacional a que uma Constituição, livremente emanada da vontade popular, vem a afirmar.

sábado, maio 26, 2007

Futebol Filosófico - Monty Python





Vídeo do Monty Python.

Na época em que se apreciava humor inteligente.

Tá dada a dica.

Eureca!!!

Ars Gratia Artis


Escrevo desta vez para publicar algo que eu estava devendo há uns 7 meses atrás durante a viagem que fiz para o Rio de Janeiro.

Em visita ao Museu de Arte Contemporânea, em Niterói, diante da bela arquitetura de Oscar Niemeyer, pude elaborar uma outra concepção da arte a qual eu não estava acostumado.

Minha visão, em qualquer matéria de conhecimentos gerais, sempre foi a de preservação do conservadorismo, do culto ao passado. Seja na música, no futebol, no cinema, na literatura, mas talvez nada tão intenso quanto em matéria de artes plásticas e seus diversos segmentos.

Explico-me: sempre desvalorizei a dita arte advinda dos tempos de Andy Warhol para cá. O que sempre me pareceu aborrecida é a visão dos críticos em supervalorizar uma lata de refrigerante estilizada ou cultuar um pedaço de merda contido num pote diante de uma empilhadeira de potes contendo os mesmos pedaços de merda.

Não é a arte sacra de Botticelli e Michelangelo, com suas definições perfeitas. Não é o estilo elegante e mórbido de um Bruegel. Nem se trata da genialidade de um Matisse ou de um Picasso, em suas inovações nos métodos contemporâneos de cores e formas. Enfim, não é um Salvador Dali e seu surrealismo.

Pra mim, um pedaço de merda em um pote ou qualquer outra forma de arte considerada pretensiosa, sem uma explicação lógica, deveria ser execrada junto com seus admiradores ferrenhos.

Não é essa, porém, a visão que me apareceu na visita ao Museu de Arte Contemporãnea, arte esta a qual sempre fui meio cabreiro, exceto pela arquitetura de Niemeyer e seus discípulos e contemporâneos.

Agora vejo que arte, por mais que não compreenda algum significado lógico num exame detalhado da obra, parte da subjetividade do criador sem a importância decisiva do público para sua apreciação. O autor dos potes de merda empilhados numa mostra cultural certamente não obedeceu a esses requisitos, assim também como sempre foi a lógica dos gênios sagrados das artes plásticas: deixar a livre interpretação a um observador para conseguir despertar alguma idéia sobre a obra exposta.

Bom, depois de toda a minha prolixa explicação a respeito do assunto artístico, demonstro aqui(na foto de cima do post) o que eu produzi em matéria de "arte", pelo menos no meu conceito subjetivo.

Estava eu diante de inúmeros objetos inúteis postos sobre uma mesa no centro do Museu. Nessa mesa, o propósito era o de justamente fazer despertar algum tino artístico no cidadão médio que não é acostumado a isso(o que é meu caso).

Eram sorteadas duas palavras substantivas para diante de sua junção conseguir montar um objeto que explicasse a junção dessas duas palavras. As palavras que eu peguei foram "AFETO" e "CASA".

Depois de pensar por um minuto, cheguei à resposta diante dos objetos que eu tinha na escolha.

A "casa" nada mais era do que o conceito que eu tenho da comodidade, do sentir-se bem, e nada pra mim correspondia mais a isso do que representar uma cama - cama esta que peguei de uma pequena esponja de formato retangular.

A "casa" simbolizava, ainda, meu estado-natal: O Rio Grande do Norte. Com isso, peguei uma tira verde-e-branca(cores da bandeira do estado) e amarrei com um barbante na "cama", formando uma mal-construída colcha verde e branca. Complementei ainda duas castanhas de caju, tão típicas do RN, e coloquei do lado da cama, como alegoria.

O "afeto" está simbolizado por um pequeno aro que envolve a "casa" ou a "cama", como queiram. Terminei a obra em questão e deixei, quem sabe para apreciação de outros visitantes, por um período determinado diante da mesa.

Essa foi a minha primeira "experiência artística", por assim dizer.....

Sei que não serei aclamado como o sujeito dos potes de merda empilhados, mas acho que fiz minha parte.

Final de texto: o que importa, nestes termos, é a forma como você mesmo interpreta, lida com a subjetividade e põe, sem nenhuma pretensão, suas idéias para o mundo.

É a arte pela arte, amigos.

Ars Gratia Artis







segunda-feira, maio 21, 2007

O Sucessor de Boça

A intenção deste blog não é achincalhar a vida de pobres mortais, mas se bem que este novo vídeo circulando pela internet de um provável sucessor de Boça(do Hermes e Renato) vale a pena.

Como diriam Os Bonnies : "Como é que um bicho desse pode ser tão prego,hein?"








Tirado do CocadaBoa

quarta-feira, março 21, 2007

No Pain, No Gain

O título da postagem é, por assim dizer, a frase do dia ou a frase de muitos dias(visto que tô pensando nela desde a semana passada).


"Sem Dor, Sem Ganho" é a tradução. A mais pura verdade, por sinal. Ou alguém acha que dá pra ganhar alguma coisa sem se esforçar ou sem ter se fudido no meio do caminho?

Exceção mesmo à frase é o exemplo do filho de pai rico, que não se esforça bulhufas para manter o patrimônio da família (quando há esforço pra se manter um patrimônio, isso sim, exige dor).

Quem sofreria, no caso, seria o possível herdeiro do filhinho de papai, cujo patrimônio já teria se esfacelado nas mãos do pai pródigo. Para tanto, com a finalidade de reaver o patrimônio, teria que utilizar a velha máxima do "no pain, no gain" novamente.

O que conta é o esforço próprio, enfim.


Filosofia de butequim, mas é isso...

terça-feira, março 20, 2007

Os Bonnies no Abril Pró-Rock


O Abril Pró-Rock, este ano, vai contar com uma presença potiguar.

Trata-se de "Os Bonnies", banda formada pelos ilustres amigos Olavo Luiz (baixo e vocais), Arthur "Tampa" Rosa (guitarra base e vocais), Thiago "Tijolo" Silva (guitarra solo e vocais) e Rafael Barros (bateria). No cenário natalense, certamente pode se elencar como uma das bandas mais promissoras da cidade e, quiçá, possa alçar vôos mais altos.

Posso dizer(porque tenho acompanhado) que os caras passam por um longo período de criatividade que rende e ainda vai render muitos frutos pro Rock`n Roll "sincero", como nós conhecemos.

Para saber mais da banda, veja aqui.

Além de músicas, tem desenhos, textos, animações (greiosas, por sinal) e algumas fotos.

Confiram. E quem tiver oportunidade de ir pro Abril Pró-Rock, vejam a programação.

De rocha,boy....

segunda-feira, março 05, 2007

Entretenimento pra caba hômi


De volta aos trabalhos, posto aqui o incrível western"Sete Homens e Um Destino" e o clássico-maior de Scorcese: "Touro Indomável", filmes que vi nesse período de ócio criativo, para deleites de entretenimento.

O primeiro é uma reunião dos caba mais bruto que Holywood poderia reunir : Yul Brynner e a sua experiência de russo(tem gente mais bruta que russo?), Steve McQueen e seu carisma sempre característico(também notado em "Papillon" e "Bullit"), Charles Bronson(a palavra "Charles Bronson" já é auto-explicativa pra explicar a brutalidade humana) e James Coburn(o vara-pau mais feio da história do cinema, empatado com Ron Perlman), além de Eli Wallach(antes de ter a feição de bom velhinho gerada por filmes- mamão com açúcar como "O Amor não Tira Férias) como o inimigo do povoado mexicano defendido pelos 7 mercenários.
O filme já começa mostrando pro que veio com a magnífica trilha sonora - das mais marcantes da história do cinema(ainda me pego assobiando a musiquinha). Não vou antecipar tudo porque não é minha função aqui de revelar o filme pra quem nunca assistiu, mas só por uma cena do filme chamo atenção: a do bar na cidadezinha na fronteira EUA-México, em que os camponeses mexicanos avistam um homem repleto de cicatrizes e um comenta: "Esse aí deve ser bom pra chamar pro nosso grupo", enquanto o outro rebate: "Eu recrutaria o homem que fez essas cicatrizes nele."
O segundo é a melhor reunião Scorcese-De Niro, na minha franca opinião (a parceria rendeu ainda "Taxi Driver,"Os Bons Companheiros", "Cassino" e outros...).
Conta a história real de Jake La Motta, boxeador dos anos 40 e avassalador contra seus oponentes. É um dos relatos mais sinceros da auto-destruição humana, demonstrado tanto no ciúme possessivo que sentia pela mulher quanto pelas dúvidas em relação à natureza de seu caráter.
Há uma clara referência a outro grande personagem do cinema: Terry Malloy(Marlon Brando em "Sindicato dos Ladrões") e a famosa frase"I could be a good man, I could be a contender", repetida por Jake La Motta nas suas reflexões pessoais.

Hoje em dia, qualquer referência ao faroeste que não seja a cowboy viado não mais se aplica e os bons filmes de boxeador já ficaram saturados, exceto a continuação de "Rocky Balboa", que ganha respaldo por se tratar da conclusão definitiva de um clássico do cinema.

Fiquem com esses filmes e aprendam um pouco com os caba!!!

No mais, é isso....

Retorno às atividades

O ano de 2007 começou de verdade para esse blog.
Depois do carnaval e do término da monografia deste blogueiro, retorno às atividades em definitivo.
Novas idéias e projetos pra tornar esse ambiente de ócio criativo cada vez mais produtivo.
Será que o público leitor e assíduo retorna?
Questão de tempo,vamo ver...

Sejam bem vindos à guerra.

domingo, março 04, 2007

Mais dois dias

Devo ter perdido boa parte dos escassos leitores que ainda frequentavam esta página, mas tudo é questão de recuperar.

Daqui a dois dias, o Pior é a Guerra retornará!!!

Palavra de escoteiro...

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Alarme falso

Não, não estou passando aqui pra postar alguma coisa interesssante. Aliás, quem é que ainda lê este blog,hein?. Espero voltar a ter um público leitor quando eu chegar em definitivo no mês de fevereiro, quando já vou ter terminado a ben(mal)dita monografia.

Afirmo ainda que este ano esse blog promete, esperem só um tiquinho...