Resolvi dar continuidade a essa sessão que ficou meio esquecida nos porões dos antigos posts lançados ano passado.
A sessão será lançada todo sábado, a recomeçar por hoje.
Vamos lá,então:
1- Sheep - Pink Floyd
Derivada do fabuloso "Animals", de 1976, é a terceira música das quatro contidas no álbum.
É uma referência à Revolução dos Bichos, de George Orwell: crítica feroz ao comunismo, disfarçado na figura dos porcos (Pigs)autoritários, corruptos e burocratas; na figura dos cães(Dogs), meros instrumentos de repressão do governo, e, na das ovelhas(Sheep), o povo oprimido e manipulado.
Claro que, se eu quisesse, apontaria todas as três principais músicas desse álbum, mas como "Sheep" tem um memorável e instigante solo de guitarra no final, preferi guardar esta para o meu arquivo de pink Floyd.
Animals, Pink Floyd, de 1976
2- Body And Soul - Chet Baker
O jazz marca presença com um clássico interpretado e executado por Chet Baker, um dos maiores ícones do bebop e uma das mais trágicas figuras do universo jazzístico estadunidense.
3- Bargain - The Who
Célebre música do "Who's Next" que demonstra o peso e a criatividade musical de Pete Townshend, Keith Moon e companhia.
Uma bela junção dos instrumentos do rock em um de seus melhores momento, certamente.
4- Bajo Un Palmar - Omara Portuondo e Pio Leyva
A música cubana e o Buena Vista têm aparecido durante as horas de escuta deste narrador. Ouça "Bajo Un Palmar" deitado na rede em um coqueiro, apreciando a bela vista da praia.
5- Clube da Esquina 1 - Mílton Nascimento
A música brasileira aparece nesta seção com este belo exemplar da boa MPB dos anos 70, no auge da criatividade de Mílton Nascimento e seus companheiros do Clube da Esquina.
sábado, junho 16, 2007
segunda-feira, junho 11, 2007
Bienal do Livro em Natal
Sábado foi o último dia da incipiente Bienal do Livro na cidade do Natal.
Digo incipiente por dois motivos: a pouca amplitude e estrutura que deram a esse evento e o notado desinteresse do público.
Está certo que a falta de hábito da leitura no Brasil se deve, em boa parte, à mediocrização do público médio entregue a meios de comunicação rasteiros e aculturados, além, obviamente (e isso se deve à nossa enorme carga tributária) do alto preço dos livros em comercialização por aqui.
Uma vergonha nacional, se formos comparar com os nossos vizinhos mais próximos: Chile, Argentina e Uruguai.
Críticas à parte, compareci, junto com o amigo Benício, no sábado para um assunto de interesse pessoal: A literatura no universo dos Blogs.
Ocorreu palestra do escritor pernambucano radicado em São Paulo Marcelino Freire e do jovem escritor potiguar Patrício Júnior.
Dizia respeito à possibilidade de divulgação do trabalho literário a nivel de internet, notadamente por via dos sites pessoais (blogs)difundidores da liberdade artística e independentes da veiculação da grande mídia para se promover.
Importante destacar essa independência adquirida de uns 5 anos pra cá, do público leitor de internet, em relação aos grandes meios de circulação. Prova disso é a força que o meio virtual proporciona a cada dia, com a rápida e eficiente informação.
Fica à parte, também, pelo que apreendi da palestra, uma menção de Marcelino Freire sobre o público,que contabilizava umas 25 pessoas no máximo, na palestra:
Para mim não importa se estou falando pra três, vinte, trinta, 6 mil pessoas como em uma Bienal que compareci. O importante é sentir o interesse do público leitor, independente de sua quantidade, para fazer me sentir bem com o meu trabalho.
É isso mesmo o que eu teria a dizer pra vocês, caros leitores, não escondo a minha satisfação em divulgar o meu trabalho para um público pequeno, porém cativo, que dão credibilidade(se bem que pequena,hehe) ao meu singelo blog. Quanto a isso, muito obrigado a todos vocês, ilustríssimos gatos pingados.
:D
Indagações à parte, Segue link para os blogs de Marcelino Freire: O eraOdito o de Patrício Júnior, intitulado Plog
Tá dado o recado.
No mais,é isso.
Digo incipiente por dois motivos: a pouca amplitude e estrutura que deram a esse evento e o notado desinteresse do público.
Está certo que a falta de hábito da leitura no Brasil se deve, em boa parte, à mediocrização do público médio entregue a meios de comunicação rasteiros e aculturados, além, obviamente (e isso se deve à nossa enorme carga tributária) do alto preço dos livros em comercialização por aqui.
Uma vergonha nacional, se formos comparar com os nossos vizinhos mais próximos: Chile, Argentina e Uruguai.
Críticas à parte, compareci, junto com o amigo Benício, no sábado para um assunto de interesse pessoal: A literatura no universo dos Blogs.
Ocorreu palestra do escritor pernambucano radicado em São Paulo Marcelino Freire e do jovem escritor potiguar Patrício Júnior.
Dizia respeito à possibilidade de divulgação do trabalho literário a nivel de internet, notadamente por via dos sites pessoais (blogs)difundidores da liberdade artística e independentes da veiculação da grande mídia para se promover.
Importante destacar essa independência adquirida de uns 5 anos pra cá, do público leitor de internet, em relação aos grandes meios de circulação. Prova disso é a força que o meio virtual proporciona a cada dia, com a rápida e eficiente informação.
Fica à parte, também, pelo que apreendi da palestra, uma menção de Marcelino Freire sobre o público,que contabilizava umas 25 pessoas no máximo, na palestra:
Para mim não importa se estou falando pra três, vinte, trinta, 6 mil pessoas como em uma Bienal que compareci. O importante é sentir o interesse do público leitor, independente de sua quantidade, para fazer me sentir bem com o meu trabalho.
É isso mesmo o que eu teria a dizer pra vocês, caros leitores, não escondo a minha satisfação em divulgar o meu trabalho para um público pequeno, porém cativo, que dão credibilidade(se bem que pequena,hehe) ao meu singelo blog. Quanto a isso, muito obrigado a todos vocês, ilustríssimos gatos pingados.
:D
Indagações à parte, Segue link para os blogs de Marcelino Freire: O eraOdito o de Patrício Júnior, intitulado Plog
Tá dado o recado.
No mais,é isso.
segunda-feira, junho 04, 2007
23
O número 23 é simbólico em muitas referências atuais , científicas e de conhecimento antigo.
O 23 está presente na sequência dos números malditos de Lost: 4 8 15 16 23 42
23 foi o número de grandes mestres da ordem dos cavaleiros templários.
Júlio César foi apunhalado 23 vezes quando assassinado.
O salmo mais famoso da Bíblia, aquele do "o senhor é meu pastor..." é o de nº 23.
Em Matrix Reloaded, o Arquiteto pede a Neo que escolha 23 indivíduos para reconstruir Zion - 16 fêmeas e 7 homens.
As células somáticas dos humanos têm 23 pares de cromossomos.
23 é o nome de um filme lançado esse ano, com Jim Carrey e Joel Schumacher.
OK.Mas...
O que isso quer significar?
Porra nenhuma!!!
Apenas quero justificar meu aniversário de hoje, eu, nascido a 04 de junho de 1984,com 23 anos de idade.
Apenas fiz essa deixa pra citar no meu blog.
Para celebrar: um prato de pudim e uma garrafa de cana.
Abraços pro amigo Danniel(ex-Angrychair), celebrante desta mesma data e assíduo frequentador do blog, completando hoje 28 anos.
Pior é a Guerra!!!!
O 23 está presente na sequência dos números malditos de Lost: 4 8 15 16 23 42
23 foi o número de grandes mestres da ordem dos cavaleiros templários.
Júlio César foi apunhalado 23 vezes quando assassinado.
O salmo mais famoso da Bíblia, aquele do "o senhor é meu pastor..." é o de nº 23.
Em Matrix Reloaded, o Arquiteto pede a Neo que escolha 23 indivíduos para reconstruir Zion - 16 fêmeas e 7 homens.
As células somáticas dos humanos têm 23 pares de cromossomos.
23 é o nome de um filme lançado esse ano, com Jim Carrey e Joel Schumacher.
OK.Mas...
O que isso quer significar?
Porra nenhuma!!!
Apenas quero justificar meu aniversário de hoje, eu, nascido a 04 de junho de 1984,com 23 anos de idade.
Apenas fiz essa deixa pra citar no meu blog.
Para celebrar: um prato de pudim e uma garrafa de cana.
Abraços pro amigo Danniel(ex-Angrychair), celebrante desta mesma data e assíduo frequentador do blog, completando hoje 28 anos.
Pior é a Guerra!!!!
domingo, junho 03, 2007
O Amor segundo Bob Dylan
O gênio de Bob Dylan provocou grandes reações à cultura nos anos 60.
Um estadunidense branco, inspirado na melancolia do blues e na temática sonora do folk.
Suas canções transmitem a tristeza e a solidão de cada um: o cotidiano suburbano e rural da gente simples, anônima, melancólica.
As canções trazem, na mesma proporção, inconformismo e protesto, evidenciado no contexto do movimento dos direitos civis.
Este blog, hoje, homenageia um gênio.
Segue, abaixo, tradução livre de uma belíssima canção: Love Minus Zero/No Limit, uma balada do amor segundo a espontaneidade e a livre expressão manifesta.
No mais, é isso.
Love Minus Zero/No Limit (Bob Dylan)
My love she speaks like silence, Meu amor fala como o silêncio,
Without ideals or violence, Sem ideais ou violência,
She doesn't have to say she's faithful, Ela não precisa dizer que é fiel,
Yet she's true, like ice, like fire. É leal, como gelo, como fogo.
People carry roses, Pessoas carregam rosas,
Make promises by the hours, Fazem promessas por meio das horas,
My love she laughs like the flowers, Meu amor ri como as flores,
Valentines can't buy her. Não há dia dos namorados que a
corrompa.
In the dime stores and bus stations, Em bancas e estações de ônibus,
People talk of situations, Pessoas falam sobre situações,
Read books, repeat quotations, Lêem livros,repetem citações,
Draw conclusions on the wall. Afirmam conclusões sob o muro.
Some speak of the future, Alguns falam do futuro,
My love she speaks softly, Meu amor fala cuidadosamente,
She knows there's no success like failure Ela sabe que não há sucesso como o fracasso
And that failure's no success at all. E que o fracasso não é realmente sucesso.
The cloak and dagger dangles, O sigilo e o mistério atraem
Madams light the candles. Madames acendem as velas.
In ceremonies of the horsemen, Em cerimônias de cavaleiros,
Even the pawn must hold a grudge. Até mesmo o peão deve guardar seu rancor.
Statues made of match sticks, Estátuas feitas de tacos,
Crumble into one another, fragmentam-se em alguns outros,
My love winks, she does not bother, Meu amor pisca, ela não se incomoda ,
She knows too much to argue or to judge. Ela sabe demais para arguir ou julgar algo.
The bridge at midnight trembles, A ponte na meia-noite estremece,
The country doctor rambles, O médico do campo passeia,
Bankers' nieces seek perfection, Sobrinhas de banqueiros procuram perfeição,
Expecting all the gifts that . Esperando todos os dons que homens de
wise men bring razão trazem.
The wind howls like a hammer, O vento soa como um martelo,
The night blows cold and rainy, A noite sopra fria e chuvosa,
My love she's like some raven Meu amor é como algum corvo,
At my window with a broken wing. na minha janela com uma asa quebrada.
Um estadunidense branco, inspirado na melancolia do blues e na temática sonora do folk.
Suas canções transmitem a tristeza e a solidão de cada um: o cotidiano suburbano e rural da gente simples, anônima, melancólica.
As canções trazem, na mesma proporção, inconformismo e protesto, evidenciado no contexto do movimento dos direitos civis.
Este blog, hoje, homenageia um gênio.
Segue, abaixo, tradução livre de uma belíssima canção: Love Minus Zero/No Limit, uma balada do amor segundo a espontaneidade e a livre expressão manifesta.
No mais, é isso.
Love Minus Zero/No Limit (Bob Dylan)
My love she speaks like silence, Meu amor fala como o silêncio,
Without ideals or violence, Sem ideais ou violência,
She doesn't have to say she's faithful, Ela não precisa dizer que é fiel,
Yet she's true, like ice, like fire. É leal, como gelo, como fogo.
People carry roses, Pessoas carregam rosas,
Make promises by the hours, Fazem promessas por meio das horas,
My love she laughs like the flowers, Meu amor ri como as flores,
Valentines can't buy her. Não há dia dos namorados que a
corrompa.
In the dime stores and bus stations, Em bancas e estações de ônibus,
People talk of situations, Pessoas falam sobre situações,
Read books, repeat quotations, Lêem livros,repetem citações,
Draw conclusions on the wall. Afirmam conclusões sob o muro.
Some speak of the future, Alguns falam do futuro,
My love she speaks softly, Meu amor fala cuidadosamente,
She knows there's no success like failure Ela sabe que não há sucesso como o fracasso
And that failure's no success at all. E que o fracasso não é realmente sucesso.
The cloak and dagger dangles, O sigilo e o mistério atraem
Madams light the candles. Madames acendem as velas.
In ceremonies of the horsemen, Em cerimônias de cavaleiros,
Even the pawn must hold a grudge. Até mesmo o peão deve guardar seu rancor.
Statues made of match sticks, Estátuas feitas de tacos,
Crumble into one another, fragmentam-se em alguns outros,
My love winks, she does not bother, Meu amor pisca, ela não se incomoda ,
She knows too much to argue or to judge. Ela sabe demais para arguir ou julgar algo.
The bridge at midnight trembles, A ponte na meia-noite estremece,
The country doctor rambles, O médico do campo passeia,
Bankers' nieces seek perfection, Sobrinhas de banqueiros procuram perfeição,
Expecting all the gifts that . Esperando todos os dons que homens de
wise men bring razão trazem.
The wind howls like a hammer, O vento soa como um martelo,
The night blows cold and rainy, A noite sopra fria e chuvosa,
My love she's like some raven Meu amor é como algum corvo,
At my window with a broken wing. na minha janela com uma asa quebrada.
Marcadores:
Bob Dylan,
Love Minus Zero
sexta-feira, junho 01, 2007
40 Anos do Sargento Pimenta
Dia 1º de Junho, do ano de 1967, simboliza um marco para a história do rock, até pela importância e influência com que esse emblemático álbum veio a representar para a música e para todas as gerações que apareceram a partir de 1967.
Trata-se, obviamente, de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos 4 rapazes de Liverpool, que há 40 anos atrás surgia para mexer de vez com as mentes de um período marcado por revoluções culturais, Guerra do Vietnã, dicotomia EUA-URSS, liberação de drogas e sexualidade - enfim, um período rico e determinante para a formação histórica da juventude.
Tão genial que chegou a enlouquecer um homem: Brian Wilson. Explique-se, o excêntrico líder dos Beach Boys havia produzido,meses antes, o genial álbum "Pet Sounds", rico por suas inserções à psicodelia e ao experimentalismo.
A genialidade dos Beatles, porém, veio a estremecer as bases da música com o álbum em questão e demonstrava, com isso, a solidificação de sua maturidade, já evidenciada nos àlbuns "Rubber Soul" e "Revolver", do ano de 1966.
Inicia-se, na faixa 1, com "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", de autoria de Paul McCartney, dando um clima de apresentação teatral e euforia,apresentando a gloriosa banda do Sgto. Pimenta e o seu clube dos corações solitários, além de dar a deixa para um tal Billy Shears, encarnado por Ring Starr.
Ringo (ou Billy Shears) canta,a seguir, em "With a Little Help For My Friends", uma ode ao amor e ao companheirismo.
A psicodelia encarna em "Lucy In The Sky with Diamonds", de Lennon, a música da tal "menina dos olhos de caleidoscópio", uma clara referência conhecida por 99% de qualquer admirador de Beatles, ao LSD.
"Getting Better" surge empolgante e rica por um otimismo bem característico, sentido na riqueza das guitarras e seus riffs.
"Fixing a Hole" segue na linha do álbum.
A belíssima "She's Leaving Home" é baseada em uma história de jornal vista por Paul McCartney de uma certa menina que tinha fugido da casa dos pais. Coube a Paul imaginar, no lirismo da canção, imaginar a fuga da adolescente.
"Being For The Benefit Of Mr. Kite" segue um tom circense já visto na primeira faixa.
"Within You Without You" segue no experimentalismo característico das incursões de George Harrison pela música indiana e o amor místico.
A feliz "When I'm 64" é uma ode ao envelhecimento e o que se esperar 40 anos depois.(como se pôde ver, Paul chegou à idade dos 64 este ano).
Segue "Lovely Rita", uma homenagem à diva do cinema Rita Hayworth.
A alegre "Good Morning Good Morning", de John, segue com o espírito do álbum.
Repete-se "Sgt. Pepper's", numa nova versão.
No fim, a retumbante "A Day In The Life", fruto das memórias de infância de Lennon, notada na beleza harmônica da canção.
Não sou crítico de música e nem pretendo ser, mas não poderia deixar de homenagear esse emblemático álbum.
Parabéns, Sargento Pimenta, e que sua influência ainda seja marcada daqui pra mil anos à frente.
Longa vida aos Fab Four.
Assinar:
Postagens (Atom)